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Candidatura de Berlusconi influiu na saída de Monti

Por Da Redação
9 dez 2012, 13h56

O anúncio surpreendente e cheio de amargura da renúncia do primeiro-ministro italiano, Mario Monti, assim que for aprovada a lei orçamentária de 2013, alimenta as incertezas sobre o futuro imediato da Itália na política e na economia.

Ferrucio de Bortoli, diretor do jornal Corriere della Sera, um dos mais importantes do país, descreve neste domingo o ‘mal-estar’ e ‘amargura’ de Monti pelo fato de o PDL, partido do ex-premiê Silvio Berlusconi, ter retirado o apoio ao seu governo. Na semana passada, o PDL se absteve de votar duas questões no Senado e endereçou duras críticas ao governo Câmara dos Deputados, por intemédio de seu secretário Angelino Alfano.

Sobre a decisão de Monti pesou sobretudo o fato de Berlusconi ter revelado, neste sábado, sua itenção de se candidatar novamente ao cargo de primeiro-ministro – algo que ele negou repetidamente que faria. Monti soube dessa pré-candidatura no caminho de volta à Itália após uma reunião econômica em Cannes, no sul da França. Berlusconi ainda não se manifestou sobre a saída de Monti, mas alguns de seus correligionários, como a deputada Daniela Santanche, não hesitaram em declarar que esse foi seu “primeiro triunfo” no caminho de volta ao poder.

Ainda segundo o Corriere della Sera, Monti revelou o seu propósito de renunciar num sábado para evitar que a notícia tivesse impacto nas bolsas de valores. Nos últimos meses, a percepção de risco dos mercados sobre a Italia se ampliou bastante.

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O jornal também menciona a hipótese de que Monti concorra nas próximas eleições com o apoio de uma coligação. A renúncia seria uma “saída estratégica”, que lhe daria tempo para costurar acordos políticos. Além de Berlusconi, Pierluigi Bernsani, do Partido Democrático, de centro-esquerda, será candidato no próximo pleito. As pesquisas mais recentes lhe conferem uma folgada liderança nas intenções de voto.

Eleições – A lei orçamentária deve ser votada no próximo dia 18. Assim, é provável que a Itália tenha eleições gerais em fevereiro, já que é preciso esperar no mínimo 45 dias e no máximo 70 entre a dissolução de um governo e a formação de outro. A data é conveniente, porque coincidiria com votações regionais no Lácio, na Lombardia e em Molise, diminuindo os custos da eleição para os cofres do estado.

(Com agência EFE)

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