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Atirador usou drogas para se tornar ‘forte’ antes de disparar

Segundo o advogado de Breivik, 'tudo indica' que o seu cliente esteja louco

Por Da Redação
26 jul 2011, 10h16

Geir Lippstad, o advogado de Anders Behring Breivik – autor confesso da explosão no centro de Oslo e do massacre na ilha de Utoya, que deixaram 76 mortos na Noruega, segundo o último balanço divulgado -, afirmou nesta terça-feira ser cedo demais para afirmar que seu cliente está louco, embora “tudo indique” que ele de fato esteja. Uma avaliação médica será realizada para estabelecer suas condições psiquiátricas.

Lippstad acrescentou que Breivik consumiu drogas antes de iniciar os ataques, para se tornar “forte e eficiente” e se manter acordado. O jovem de 32 anos teria antes lamentado ter que fazer o que fez, mas considerou ser necessário já que estaria no meio de uma guerra. Na segunda-feira, Breivik foi preso preventivamente por oito semanas.

O advogado disse ainda que o atirador é uma pessoa “muito fria” e sente que suas ações são justificadas – mas que seria difícil descrevê-lo por não ser como as outras pessoas. “Sua visão de realidade é rara e difícil de se explicar”, afirmou Lippstad. “Ele está em uma bolha.” Segundo ele, Breivik não demonstra qualquer sinal de empatia por suas vítimas e diz que detesta aqueles que acreditam em democracia.

Sobre o carro-bomba contra os prédios do governo em Oslo e o tiroteio no acampamento da juventude social-democrata (AUF), Lippstad acrescentou que este foi um ataque contra o Partido Trabalhista (AP), atualmente no poder. Breivik teria ficado um pouco “surpreso” que seu plano tenha tido “sucesso”, pois esperava que seria morto durante seus ataques.

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O advogado confirmou ainda que Breivik fez visitas à Grã-Bretanha enquanto planejava sua “guerra” contra o Islã e se referiu a outras “células” fora da Noruega, que estariam prontas a seguir seu exemplo.

Crimes contra a humanidade – A polícia norueguesa estuda a possibilidade de acusar o autor dos sangrentos atentados no país por crimes contra a humanidade, informou nesta terça-feira um jornal local, citando o promotor encarregado do caso. A acusação, que faz parte do Código Penal da Noruega desde 2008, prevê uma pena máxima de 30 anos de prisão.

De acordo com o jornal Aftenposten, o promotor Christian Hatlo afirmou que, por enquanto, a ideia trata-se apenas de uma possibilidade. “Por enquanto, a polícia se referiu ao parágrafo do Código relativo ao terrorismo, mas não descarta se valer de outras disposições da lei”, disse à AFP um porta-voz. No entanto, não foi tomada ainda nenhuma decisão definitiva, acrescentou.

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