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Assad defende diálogo, mas diz ser vítima de ‘sabotadores’

No terceiro discurso à nação, ditador considera até criar uma nova Constituição

Por Da Redação
20 jun 2011, 09h33

“O que está acontecendo aqui hoje não tem nada a ver com reforma, tem a ver com vandalismo”

Bashar Assad

O ditador da Síria, Bashar Assad, defendeu nesta segunda-feira um “diálogo nacional”, que poderia resultar até em uma nova Constituição, mas classificou os manifestantes antigoverno de “sabotadores” e disse ser vítima de uma conspiração. Assad acusa uma pequena facção de explorar queixas populares para derrubar seu governo.

“O que está acontecendo aqui hoje não tem nada a ver com reforma, tem a ver com vandalismo”, declarou ele, em seu terceiro discurso à nação desde o início dos protestos contra o seu regime, que foi exibido pela TV estatal. Para o ditador, essas pessoas acusada de promover um complô contra ele prejudicam a imagem da Síria no mundo e deveriam ser isoladas. “Não pode haver desenvolvimento sem estabilidade, nem reformas através de vandalismo.”

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Assad acrescentou que 64.000 suspeitos de sabotagem são procurados pelas autoridades do país e que os cidadãos sírios devem se envolver no combate à corrupção em todos os níveis. “As conspirações são como as bactérias: não podem ser eliminadas, mas é preciso trabalhar para reforçar a imunidade contra elas”, ressaltou.

Contudo, o ditador reconheceu a necessidade de diálogo para o fim dos confrontos na Síria. “O diálogo nacional poderia resultar em emendas da Constituição ou em uma nova Constituição”, observou, advertindo que o sistema financeiro do país está sob ameaça. “É preciso trabalhar para devolver a confiança à economia, porque existe um risco de colapso”. Ele disse ainda que teria instruído o ministro da Justiça para considerar expandir uma recente anistia.

Refugiados – Assad pediu novamente aos refugiados sírios na Turquia que retornem ao seu território de origem. Mais de 10.000 pessoas fugiram pela fronteira noroeste do país devido a conflitos entre as tropas do governo e grupos armados na cidade fronteiriça de Yisr al Shagur, que está tomada por 162 veículos blindados e 30 carros de combate do Exército. “O estado irá protegê-los, ele está lá para isso”, prometeu.

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O discurso do ditador acontece um dia depois que a oposição anunciou a criação de um grupo para liderar a revolta contra o regime. “Nós anunciamos a criação de um Conselho Nacional para liderar a revolução síria, compreendendo todas as comunidades e representantes de forças políticas nacionais dentro e fora da Síria”, disse o porta-voz do grupo, Jamil Saib. O conselho pediu a cooperação da população em todas as cidades e províncias do país para “alcançar o objetivo legítimo de derrubar o regime e trazê-lo à Justiça”.

Segundo grupos de direitos humanos, pelo menos 1.300 civis morreram devido a repressão aos protestos desde maio, e mais de 300 soldados e policiais também foram mortos nos confrontos.

(Com agência EFE)

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