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Arábia Saudita fica em posição difícil após matança no Iêmen

Os Estados Unidos, aliados de Riad, disseram estar "profundamente preocupados" e anunciaram que revisarão seu apoio à coalizão árabe

Por Da redação
10 out 2016, 13h32

Submetido a uma forte pressão internacional após a matança em Sanaa, o governo da Arábia Saudita analisa o futuro da intervenção militar que lidera no Iêmen, onde as esperanças de paz parecem cada vez mais distantes. A perspectiva de um cessar-fogo imediato acabou de vez com o ataque que deixou mais de 140 mortos e 525 feridos, opina April Alley, especialista em Iêmen do International Crisis Group.

Este ataque, destaca a analista, parece ter causado a morte de alguns políticos do Norte e funcionários que trabalhavam pela paz e que poderiam desempenhar um papel importante no período posterior ao conflito. No sábado, um bombardeio atingiu em cheio uma importante cerimônia fúnebre na capital iemenita, controlada pelos rebeldes xiitas houthis. Entre as vítimas há personalidades políticas, autoridades militares e muitos civis.

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Os rebeldes acusaram de imediato a coalizão dirigida por Riad e a Arábia Saudita negou as acusações, ordenando a abertura de uma investigação sobre o bombardeio, o mais sangrento desde o início, há 18 meses, da intervenção da coalizão no Iêmen. No domingo foram registradas manifestações em Sanaa, onde milhares de partidários houthis gritaram “morte aos Al-Saud”, a família que reina em Riad.

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O objetivo da coalizão árabe é restabelecer a autoridade em todo o país do governo iemenita reconhecido pela comunidade, e de seu presidente, Abdo Rabbo Mansur Hadi. A operação militar árabe, no entanto, se eterniza e não se vislumbra um resultado a favor da coalizão, enquanto que o país está controlado em parte pelos rebeldes xiitas houthis, apoiados pelo Irã, que classificou o ataque de “crime espantoso contra a humanidade”.

Preocupação em Washington — Os Estados Unidos, aliados de Riad, disseram estar “profundamente preocupados” e anunciaram que revisarão seu apoio à coalizão árabe, uma ajuda que foi diminuindo nos últimos meses. O ataque de sábado fez com que o secretário de Estado americano, John Kerry, tomasse a atitude incomum de ligar para o príncipe herdeiro e ministro da Defesa saudita, Mohamed ben Salman. E também conversou com seu colega saudita, Adel al Jubeir, a quem pediu que “este tipo de ataque não se reproduza nunca mais”. Kerry também defendeu um cessar imediato das hostilidades.

(Com agência France-Presse)

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