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Após vitória de Putin, oposição russa prepara protesto para essa 2ª feira

Por Da Redação
4 mar 2012, 21h12

Moscou, 5 mar (EFE).- A oposição não parlamentar russa adiantou neste domingo que prepara um grande protesto para esta segunda-feira para denunciar a falta de legitimidade das eleições presidenciais deste domingo, que foram vencidas pelo primeiro-ministro, Vladimir Putin.

‘Concentraremos mais de 100 mil pessoas. Temos um novo argumento, a duvidosa vitória de Putin nas eleições presidenciais’, disse neste domingo à agência Efe Sergei Mitrokhin, líder do partido liberal Yabloko.

Para evitar que a oposição caísse na tentação de organizar algum protesto não autorizado no centro da capital russa, as principais praças de Moscou foram tomadas pelas forças antidistúrbios e pela juventude do Kremlin.

Mitrokhin denunciou que durante a jornada de votação ‘inúmeras falsificações foram detectadas, em sua maioria em forma de ‘carrossel’, uma fraude que consiste em transferir as pessoas para distantes e diferentes colégios eleitorais para que possam votar novamente no partido governante.

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‘Isto é muito grave’, disse o político, que considera que o fato do candidato do Yabloko, Grigori Yavlinski, não ser registrado como um candidato já poderia colocar em dúvida a legitimidade do pleito.

Segundo as agências russas, o líder da Frente de Esquerda, Sergei Udaltsov, também assegurou que a oposição não parlamentar não reconhecerá os resultados das eleições presidenciais.

‘Agora dizem que é 63% e amanhã de manhã será 70%. Não posso reconhecer isso. Amanhã, o movimento civil ‘Por umas eleições limpas’ sairá ás ruas. Veremos quantas pessoas pensam como eu nesta segunda-feira’, apontou.

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Udaltsov, que apoiava ao candidato comunista, Gennady Zyugánov, assegurou que as eleições tinham sido ‘sujas’.

‘Utilizaram muitas tecnologias sujas. Agora, voltaram mais astutos. Mas, tenho a sensação que as coisas não tenham mudado drasticamente desde dezembro’, apontou.

O opositor se referia às eleições parlamentares, que também foram marcadas pelas denúncias de fraudes governistas e deram origem a maior onda de protestos antigovernamentais desde a queda da União Soviética.

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Apesar de Putin contar com seus partidários, Udaltsov lembrou que há muitos indignados, pessoas que não estão contentes com a atual política do Governo.

A oposição não parlamentar recebeu autorização para se concentrar nesta segunda-feira, a partir das 19h (hora local), na histórica Praça Pushkinskaya da capital.

A Prefeitura moscovita preferiu escolheu esse local para evitar que a manifestação da oposição se concentrasse nas praças Lubianka, perto da Comissão Eleitoral, e Manezh, próxima do Kremlin, prometendo fechar o trânsito em algumas das ruas divisórias.

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O ex-primeiro-ministro, Mikhail Kasianov, assegurou que a oposição não parlamentar deverá repetir os protestos realizados após as eleições parlamentares de dezembro.

O ex-campeão mundial de xadrez Garry Kasparov assegurou à Agência Efe que a segunda-feira é um dia muito importante em na história da Rússia. ‘Veremos a força do protesto e quantos estão dispostos a lutar contra o regime de Putin e gritar que não o reconhecem como seu legítimo presidente’.

‘Se 100 mil pessoas foram às ruas para protestar em com 20 graus abaixo de zero, a manifestação desse dia 5 de março deverá contar mais pessoas, já que muitos estão conscientes de que se Putin seguir no Kremlin nada mudará’, disse.

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Os opositores já tinham advertido que se as eleições presidenciais fossem marcadas por fraudes, assim como as parlamentares de dezembro, lançariam uma campanha de desobediência civil com protestos indefinidos e em escala nacional.

O prefeito de Moscou, Sergey Sobianin, advertiu que não permitirá a repetição de uma Revolução Laranja na Ucrânia, onde os opositores acamparam na Praça Maidan até que se repetissem as presidenciais.

‘O seguro é que não haverá um Maidan. Não iremos permitir que se montem tendas de campanha na cidade’, disse. EFE

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