Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Após vídeo machista, campanha de Trump sofre debandada

Desde sábado, pelo menos dez políticos republicanos já retiraram seu apoio à candidatura do magnata

Por Da redação
Atualizado em 11 out 2016, 07h07 - Publicado em 10 out 2016, 19h25

A divulgação de um vídeo em que Donald Trump abusa do machismo e da misoginia ao comentar sua relação com as mulheres provocou uma debandada de republicanos que apoiam sua campanha à Presidência dos Estados Unidos. Desde sábado, quando as imagens foram divulgadas pelo jornal Washington Post, pelo menos dez políticos influentes já retiraram seu apoio à candidatura do magnata.

Nesta segunda-feira, o presidente da Câmara dos Deputados Paul Ryan afirmou a colegas republicanos que deixará de defender Trump. A informação foi confirmada por cinco fontes diferentes ao jornal The New York Times. Segundo a porta-voz de Ryan, Ashlee Strong, o deputado deve usar os próximos 29 dias – período até as eleições americanas – para fazer campanha para que o Partido Republicano consiga a maioria dos assentos no Congresso americano.

Trump respondeu a decisão de Ryan com uma postagem em sua página no Twitter. “Paul Ryan deveria gastar mais tempo tentando equilibrar o orçamento, o desemprego e a imigração ilegal e não desperdiçar seu tempo lutando contra o candidato republicano”, escreveu.

LEIA TAMBÉM:
‘Como marido e pai, me senti ofendido’, diz vice de Trump
Declarações chulas de Trump devem dominar novo debate
Vídeo: Em termos chulos,Trump conta como tentou transar com atriz

Antes de Ryan, o senador republicano pelo Estado do Arizona John McCain e a ex-secretária de Estado Condoleezza Rice também retiraram seu apoio à candidatura do empresário nova-iorquino. Em um comunicado, McCain afirmou que não votará em Trump em novembro e que “não há desculpas para os comentários ofensivos e humilhantes no vídeo divulgado”.

Outros senadores republicanos como Mike Capo, do Estado de Idaho, Kelly Ayotte, de New Hampshire, Lisa Murkowski, do Alaska, e Susan Collins, do Maine, também desaprovaram as declarações do candidato e abandonaram sua campanha, assim como governadores e outros membros do Partido.

No vídeo, gravado em 2005, Trump é machista e desrespeitoso ao falar sobre como tenta fazer sexo com mulheres, incluindo uma casada. “Quando você é famoso, elas deixam você fazer”, afirmou, confiante. “Pegar na b***** dela, você pode fazer qualquer coisa”, afirma.

Continua após a publicidade

O próprio candidato à vice-presidência pelo Partido Republicano, Mike Pence, se declarou “ofendido” pelas declarações de Trump no vídeo. “Como marido e pai, me senti ofendido pelas palavras e ações descritas por Donald Trump no vídeo de onze anos atrás e divulgado ontem. Não aprovo seus comentários e não posso defendê-los. Fico feliz que ele tenha expressado arrependimento e tenha se desculpado perante o povo americano”, afirmou Pence em comunicado.

Repercussão

A primeira pesquisa eleitoral divulgada após a publicação do vídeo mostra uma disparada da democrata Hillary Clinton nas intenções de voto dos americanos para a Presidência. Segundo a sondagem, realizada a pedido da NBC e do Wall Street Journal, a ex-secretária de Estado aparece com 46% da preferência do eleitorado, enquanto Trump caiu para 35%. Já o libertário Gary Johnson tem 9%, e a candidata do Partido Verde Jill Stein, 2%.

No levantamento anterior feito pela NBC, Hillary estava com os mesmos 46%, mas o magnata tinha 41%. A pesquisa foi realizada entre os dias 8 e 9 de outubro, no calor da divulgação do vídeo de Trump.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.