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Após matar 5 em aeroporto, ex-militar será interrogado pelo FBI

Santiago foi membro da Guarda Nacional de Porto Rico e do Alasca e combateu na guerra do Iraque

Por Da Redação
Atualizado em 7 jan 2017, 10h00 - Publicado em 7 jan 2017, 09h50

O aeroporto de Fort Lauderdale – Hollywood, nos Estados Unidos, reiniciou suas operações neste sábado depois de ter vivido cenas caóticas nesta sexta-feira, quando um homem abriu fogo contra a multidão e deixou cinco mortos e oito feridos. O atirador foi identificado como Esteban Santiago, um americano de 26 anos que combateu na guerra do Iraque. O ex-militar foi preso sem ficar ferido. Agora, está sob custódia e passará por interrogatório do FBI.

“Tinha uma pistola e estava disparando contra as pessoas. Todo mundo estava esperando sua bagagem”, contou a testemunha, John Schlicher, à Fox News. Santiago foi membro da Guarda Nacional de Porto Rico e do Alasca. Entre abril de 2010 e fevereiro de 2011 esteve no Iraque e abandonou o exército em agosto do ano passado.

O agente especial do FBI em Miami, George Piro, disse que “a investigação está em uma fase muito preliminar ainda” e que não se pode determinar se foi, ou não, um ato terrorista. Também não informou que arma o agressor usou. “Nesse ponto, parece que agiu sozinho”, disse Piro.

Um vídeo gravado por uma testemunha com seu celular e exibido pelo canal Fox mostrava uma pessoa sangrando no chão do terminal 2 e outras caídas ou ajoelhadas. O doutor Ralph Guarnieri, do centro de traumatologia do hospital de Broward, disse em entrevista coletiva que recebeu cinco pacientes em estado grave, sendo que três estão estáveis e dois são submetidos a cirurgias.

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O agente Piro explicou à imprensa que Santiago viajou do Alasca para Fort Lauderdale e fez escala em Minnesota. Citando fontes policiais, a CNN reportou que Santiago havia declarado que portava uma arma em sua bagagem, algo que não causa surpresa em um país onde o direito de portar armas é garantido pela Constituição.

Piro também assinalou que Santiago foi há dois meses num escritório do FBI em Anchorage, Alasca, mostrando “um comportamento errático”, que levou os oficiais a enviá-lo para um hospital psiquiátrico para avaliação. Segundo a CBS, o homem disse então que o estavam forçando a lutar pelo grupo Estado Islâmico e que a CIA controlava sua mente, ao obrigá-lo a ver vídeos dessa organização extremista. De acordo com a ABC News, Santiago recebeu baixa de seu serviço militar devido a seu “desempenho insatisfatório”.

Durante toda a tarde e noite de sexta, o aeroporto ficou fechado e milhares de pessoas retidas no terminal enquanto as autoridades verificavam a cena do crime. “Calculamos que havia umas 10 mil pessoas”, disse o diretor do aeroporto de Fort Lauderdale, Mark Gale.

Aeroporto

As autoridades também tiveram de organizar às pressas a complicada devolução de cerca de 20 mil malas e outros artigos pessoais aos passageiros que foram evacuados temporariamente. Em seu Twitter, o aeroporto informou que neste sábado todas as pistas já estão operacionais para os passageiros e recomendou que os viajantes contatassem suas companhias aéreas.

O presidente Barack Obama lamentou o incidente, em entrevista à ABC News. “Não quero comentar isto, apenas dizer que tenho o coração partido por todas as famílias afetadas”. O governador da Flórida, o republicano Rick Scott, viajou para o local e reiterou, em conversa com a imprensa, que se trata de “uma investigação em curso”, sem oferecer detalhes. “Há muita informação que as forças da ordem divulgarão em seu momento”, disse Scott.

O presidente eleito, Donald Trump, manifestou no Twitter que está “monitorando a terrível situação na Flórida” e enviou seus “pensamentos e orações” às vítimas.

(Com Agência AFP)

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