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Advogados abandonam defesa de terrorista que atacou Paris

"Não podemos continuar defendendo a palavra de um homem que está em silêncio", afirmou um dos advogados

Por Da redação
12 out 2016, 07h45

Os advogados de Salah Abdeslam, o único terrorista vivo dos atentados de Paris, no dia 13 de novembro do ano passado, abandonaram nesta quarta-feira sua defesa devido ao silêncio que mantém seu cliente. O belga Sven Mary e o francês Frank Berton afirmaram ao semanário Le Nouvel Observateur que Abdeslam “não colabora mais” e se mostraram convencidos que manterá sua decisão de permanecer em silêncio.

“Não podemos continuar defendendo a palavra de um homem que está em silêncio”, afirmou Mary, advogado que cuida da causa desde a prisão de Abdeslam, em Bruxelas (Bélgica), em março, quatro meses após os atentados que deixaram 130 mortos na capital francesa. Os dois advogados avisaram da decisão para Abdeslam que entendeu que “os caminhos deviam se separar” e que escreveu ao juiz de instrução anunciando que não quer outros advogados.

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“A prisão está transformando Salah Abdeslam em um animal selvagem. Sua janela está obstruída por um plástico, não entra ar. Ele vê sua família por trás de um vidro, não tem contato físico com ninguém. É degradante. Em 25 anos de carreira nunca vi isso”, disse o advogado francês.

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Acrescentou que Salah Abdeslam foi transformado em um símbolo da luta antiterrorista, que não serve para fazer avançar a busca da verdade. Berton afirmou que “a lei autorizando a vigilância por câmera, incluindo a de infravermelho, não era necessária” e disse que “se ele quiser cometer suicídio, o fará”. Esse tratamento, que Mary qualificou de “tortura psicológica”, está levando, segundo os advogados, o preso a se radicalizar em sua postura e a “se fechar em seu silêncio” e na “proteção de Deus”.

(Com agência EFE)

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