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40 filhotes de tigres mortos são encontrados em freezer de templo budista na Tailândia

A atração turística está sendo investigada por maus-tratos aos tigres e envolvimento no comércio ilegal de animais

Por Da Redação
1 jun 2016, 10h28

As autoridades de vida selvagem da Tailândia encontraram 40 filhotes de tigres mortos nesta quarta-feira em um freezer do Templo dos Tigres, uma atração turística controversa comandada por monges budistas. Os oficiais descobriram as carcaças durante uma operação para retirar tigres vivos do local, em um esforço para fechar o templo, suspeito de envolvimento no comércio ilegal de animais silvestres.

Desde segunda-feira, 52 tigres vivos foram recuperados. Outros 85 permanecem no local, provisoriamente fechado ao público, segundo o diretor do Departamento Nacional de Parques, Adirson Nuchdamrong. A briga entre os responsáveis pelo monastério e as autoridades tailandesas pela posse dos animais já dura mais de 15 anos. “As carcaças devem ter algum valor para serem mantidas lá”, afirmou Adirson ao jornal The Guardian. Fiscais usando máscaras de proteção exibiram os corpos dos filhotes encontrados à imprensa, além da carcaça de um urso-gato-asiático, animal em extinção que vive em florestas da Ásia, também encontrado no freezer.

Fundado em 1991, o monastério budista se diz um santuário onde pessoas e tigres podem conviver em harmonia. O local permite que turistas tenham contato com os animais e tirem fotos, mediante pagamento. De acordo com o jornal The New York Times, os visitantes pagam até 140 dólares (equivalente a 500 reais) por uma chance de dar banho, alimentar e brincar com os bichos, provavelmete dopados. Há anos a atração é alvo de críticas de ativistas, que acusam os monges de explorarem e abusarem dos animais.

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O representante legal do templo Wat Pha Luang Ta Bua afirmou ao Times que o Escritório de Conservação de Vida Selvagem do país foi notificado sobre todos os nascimentos e mortes de filhotes, além disso, os corpos seriam mantidos no local como prova de que não foram vendidos. “Nós declaramos todas as mortes para as autoridades durante anos”, confirmou Supitpong Pakdjarung, um ex-policial que comanda a operação comercial do templo. A investigação sobre as atividades do templo segue em andamento e os oficiais irão analisar as novas provas encontradas.

A Tailândia é um dos polos mundiais de tráfico ilegal de animais silvestres e produtos como o marfim extraído de elefantes. Pássaros exóticos, mamíferos e répteis são frequentemente encontrados no mercado negro. As partes de tigres costumam ser vendidas para uso na medicina tradicional chinesa. Na terça-feira, o grupo britânico Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais disse que o templo na província de Kanchanaburi, a oeste de Bangkok, era um “inferno para animais” e pediu que turistas boicotassem atrações turísticas do tipo em casa ou em viagens ao exterior.

(Da redação)

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