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UFC 148: Anderson cumpre promessa e espanca Sonnen

O melhor lutador do mundo controlou o duelo, mostrou sua técnica, destruiu o rival e fez a festa (com direito a gozação no octógono). Sonnen enfim se calou

Por Davi Correia, de Las Vegas
8 jul 2012, 01h36

Com o falastrão no chão, uma joelhada deu início a uma série espetacular e arrasadora de golpes que terminou com o nocaute técnico – e com Anderson Silva, enfim, de alma lavada

Ele esperou dois anos para acabar com todas as dúvidas e acertar as contas com seu principal rival. E Anderson Silva, o melhor lutador do planeta, deixou claro que está num patamar muito acima de todos os outros neste sábado, em Las Vegas, ao surrar o falastrão americano Chael Sonnen na luta principal do UFC 148 – que, segundo Dana White, foi o maior evento da história da franquia. O brasileiro cumpriu a promessa de espancar o oponente, nocauteando o desafiante logo no segundo round. Pela décima vez, o campeão dos médios subiu ao octógono com seu cinturão e saiu dele ainda com o título. Invicto no UFC, o já lendário lutador brasileiro terminou a sua lição em Sonnen saboreando a vitória mais importante de sua carreira – e puxando o americano para o centro do octógono, pedindo aplausos (com uma boa dose de ironia) para o desafiante e convidando o inimigo para um churrasco em sua casa, deixando Sonnen perplexo e desconcertado. Ao ser entrevistado, o perdedor da noite, desta vez, tinha poucas palavras. Atropelado por Anderson, ele enfim se calou – não sem antes admitir que o brasileiro é “um grande campeão”. Júnior Cigano, que acompanhou a luta de perto, definiu o campeão da seguinte forma: “Não tem como ganhar dele, é impossível. Ele é perfeito”.

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Sonnen entrou para o combate ao som de música country, de cara fechada, assumindo o papel de vilão de faroeste americano e aparentando muita confiança. Já Anderson, de camisa do Corinthians e boné preto, chegou para a luta extremamente concentrado. Apesar da seriedade, também tinha expressão muito segura. Cumprimentou seus treinadores, o amigo Ronaldo, os colegas Júnior Cigano e Jon Jones – e ganhou um abraço de Steven Seagal antes de subir os degraus para o palco da luta. Na hora do anúncio da luta pelo locutor Bruce Buffer, evitou trocar olhares com Sonnen para não perder a cabeça e o foco, deixando a raiva pelo americano atrapalhar seu plano de luta. Mas os arquirrivais retomaram a briga exatamente de onde pararam em 2010: com Sonnen arremessando Anderson ao chão e tentando golpear o brasileiro. O primeiro round inteiro foi disputado assim, no solo, com Sonnen sempre por cima. Ao contrário do que ocorreu no UFC 117, porém, o americano tinha dificuldades para agredir o rival, bem mais preparado para lidar com essa estratégia. Com a experiência de quem já lutou com todos os tipos de adversários, Anderson controlou bem a situação e, apesar do incômodo, nunca se sentiu realmente ameaçado (ainda que tenha perdido o round inicial).

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Na volta para o segundo assalto, instruído pelos treinadores a neutralizar a estratégia de Sonnen, Anderson ficou mais atento à defesa de queda e ficou o tempo todo de pé. Na verdade, Anderson chegou a ir para o chão, mas só para esmurrar um Sonnen já praticamente derrotado, escondendo a cara na lona para tentar fugir dos socos do brasileiro. Demorou pouco tempo para Anderson conseguir encaixar o primeiro golpe no rosto do inimigo, um direto no rosto que desnorteou Sonnen e deu início ao massacre que os torcedores brasileiros tanto esperavam. Sonnen ainda teve alguns segundos de resistência. Errou feio ao tentar acertar Anderson com um giro – o brasileiro se esquivou com rapidez inacreditável – e escorregou. Com o falastrão no chão, encolhido num canto do octógono, uma joelhada na altura do peito deu início a uma série espetacular e arrasadora de golpes que terminou com o nocaute técnico a cerca de dois minutos do fim do assalto – e com Anderson Silva, enfim, de alma lavada. O brasileiro festejou muito com seu staff, mas parecia mais ansioso mesmo era pelo momento de devolver a avalanche de ofensas do americano. Ao contrário de Sonnen, porém, Anderson fez uma provocação leve e bem humorada. Enquanto era abraçado pelo brasileiro e ouvia a brincadeira sobre o convite para um churrasco, Sonnen primeiro fez cara de espanto. Segundos depois, acabou rindo – convencido, finalmente, de que jamais será melhor que o campeão.

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<p>Repórter do site de VEJA acompanha as lutas direto de Las Vegas.</p><div class="ads post-ads"><span class="title" style="display:block">Continua após a publicidade</span><div id="abrAD_rectangle2" class="abrAD" data-ad-sizes="300×250"></div></div>
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