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Ronaldo relembra fuga da concentração com Romário

Ex-atacante revelou histórias dos bastidores da seleção brasileira, como o dia da convulsão antes da final da Copa de 1998

Por da redação
19 dez 2016, 10h44

Ronaldo e Romário formaram uma das duplas de ataque mais impressionantes de todos os tempos, no ano de 1997. E a parceria era afinada também fora dos gramados. Em entrevista ao programa Resenha, da ESPN Brasil, neste domingo, Ronaldo recordou várias histórias dos bastidores da seleção e recordou uma “fuga cinematográfica” da concentração ao lado de Romário, em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, durante a Copa América.

Bem à vontade ao lado do amigo Djalminha, que também participou da fuga de 1997, Ronaldo contou como enganou o técnico Zagallo. “Foi minha primeira e única fuga de concentração da carreira. Foi uma fuga cinematográfica. Eu ainda era garoto e o Romário me intimava: ‘vamos embora, moleque!’ Como eu não iria? Eu fui. Ele me levou pro fundo do hotel, tinha uma parede, ele foi com um pé na parede e as costas do muro, um ninja. Aí do outro lado do muro tinha uma escada, a gente desceu, levou a escada para outro muro, e quando a gente saiu já tinha um táxi esperando. Foi tudo orquestrado”, divertiu-se Ronaldo.

Ronaldo no programa 'Resenha ESPN'
Ronaldo no programa ‘Resenha ESPN’ (Reprodução)

Ronaldo recordou especialmente a derrota na Copa de 1998, na França. “Tinha tudo para ser um grupo tranquilo, mas houve muitas discussões no vestiário, até dentro de campo, com Bebeto e Dunga. Chegamos aos trancos e barrancos à final, mas parecia que não era nosso destino ganhar aquela Copa. Teve a minha convulsão e, esportivamente, a França atropelou, não vimos a cor da bola.”

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Dezoito anos depois, Ronaldo se sentiu à vontade para falar sobre a convulsão. “Quando eu acordei, não entendi porque tinha tanta gente no meu quarto, eu estava dolorido. O Leonardo então me levou no jardim do hotel para conversar. Todo jeitoso, ele começou a filosofar, falar da vida. Eu disse  ‘Leo, estamos na final da Copa, você quer me falar de coisas mais importantes da vida hoje?’ E ele querendo me dizer, com jeito, que eu não ia jogar. Quando ele me contou eu fui correndo falar com o Lídio Toledo (médico).”

Ronaldo, então, se dispôs a realizar todos os exames que fossem necessários para poder entrar em campo. E, após uma passagem por um hospital, saiu com a papelada rumo ao Stade de France. “Falei para o Zagallo: ‘Estou pronto para jogar, estou bem, olha aqui meus exames, fiz de tudo para estar aqui e não é justo você me tirar’. E ele não criou nenhuma resistência.”  O ex-atacante ainda disse que não sofreu com as críticas sobre a influência de sua convulsão na derrota por 3 a 0. “A história é tão absurda. Falaram que eu tinha amarelado e é justamente o contrário, eu estaria arriscando a minha vida se eu tivesse alguma coisa, fiz tudo para jogar. Mas o que me fez sofrer mesmo foi perder a final, não foram as críticas.”

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