Milhares de trabalhadores tomaram as ruas de Buenos Aires desde a manhã desta quarta-feira, dia da primeira final da Copa Libertadores entre Boca Juniors e Corinthians, para protestar contra impostos salariais.
Com roupas e bonés azuis e verdes, manifestantes de diversas agremiações sindicais, em sua maioria caminhoneiros, estão concentrados em frente à Casa Rosada, sede da presidência do governo argentino.
Desde cedo, acompanhados de maneira discreta e pacífica pelo policiamento, eles têm feito barulho com tambores, cantos e muitas bombas na Praça de Maio, onde foi montado um palco para discurso do secretário-geral da Confederação Geral do Trabalho (CGT), Hugo Moyano.
O protesto fez com que as avenidas próximas fossem bloqueadas, tornando o trânsito um pouco mais lento na região. Além disso, a distribuição de combustível e alimentos na capital argentina foi ligeiramente afetada, já que a principal classe da manifestação é a dos caminhoneiros, que decretaram greve.
O presidente do Boca Juniors, Daniel Angelici, chegou a cogitar, no fim de semana, marcar uma nova data para final contra o Corinthians, o que não se concretizou. Até porque, apesar da manifestação em massa, a maioria dos serviços, como o transporte público, funciona normalmente.
Sem risco de mudança, a primeira partida da decisão da Libertadores está confirmada para as 21h50 (de Brasília) desta quarta-feira, em La Bombonera. O estádio fica a cerca de quatro quilômetros do centro do protesto.