Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

O jogo virou: futebol é motivo de orgulho na Rio-2016

Enquanto natação, vôlei e basquete do Brasil decepcionam, o futebol, patinho feio em Olimpíadas, garante fortes emoções

Por Luiz Felipe Castro
14 ago 2016, 13h02

Dirigentes corruptos, calendário desumano, clubes falidos, estádios vazios e por aí vai. O futebol brasileiro não mudou da noite para o dia e segue bem longe do cenário ideal. No entanto, na Olimpíada do Rio de Janeiro, o desempenho das seleções feminina e masculina empolga, enquanto outras modalidades mais “nobres”, como natação, vôlei e basquete acumulam decepções para os brasileiros. 

A Olimpíada, sobretudo na categoria masculina, é vista como uma competição secundária no futebol – tanto que astros como Lionel Messi, Cristiano Ronaldo e Zlatan Ibrahimovic, ocupados com Copa America e Eurocopa, abriram mão de vir ao Rio. No entanto, o fato de jogar em casa (onde já viveu dois traumas em Copa do Mundo) e a falta de uma medalha de ouro no currículo fizeram da Rio-2016 quase uma obrigação para o Brasil, que escalou Neymar como um dos três atletas com idade acima de  23 anos. 

O desempenho dos meninos de Rogério Micale no torneio foi de menos a mais: dois empates revoltantes e sem gols contra África do Sul e Iraque, e duas vitórias convincentes, com apoio total da torcida, contra Dinamarca e Colômbia. Mais entrosado, o time caminha firme rumo ao título que insiste em escapar. E, por mais que ainda enfrente o ranço de alguns torcedores machucados pelos vexames recentes, vem demonstrando o que a seleção mais precisa: uma identidade ofensiva.  

A equipe feminina, por sua vez, teve um começo brilhante, mas enfrentou dificuldades na última partida. Guiadas pela incrível Marta e com o apoio fundamental de Formiga, Cristiane e cia, as meninas encantaram a torcida com goleadas sobre China e Suécia – e também com um espírito de luta que não se via na equipe masculina. A onda do “Marta é melhor que Neymar” ganhou as arquibancadas e as redes sociais e transformou a seleção treinada por Vadão em xodó da Rio-2016. 

Continua após a publicidade

Nas quartas de final, porém, o time não brilhou e só garantiu a classificação graças às defesas de Bárbara na decisão por pênaltis no Mineirão. Marta, que errou sua cobrança, recebeu a chance de, enfim, chegar à consagração total. O time feminino precisa mais do titulo olímpico (tão importante quanto a Copa do Mundo da categoria) do que o masculino. Seria a chance de, talvez, receber o apoio e atrair o interesse popular que jamais tiveram.

As seleções brasileiras estão nas semifinais – eles contra Honduras, elas contra a Suécia. E, ironicamente, ambos podem encontrar na final no Maracanã um adversário indigesto: a Alemanha, em chance perfeita para exterminar fantasmas e iniciar uma retomada de paz e amor com a torcida – ou de voltar a estaca zero com uma nova decepção.  

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.