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No time ofensivo de Micale, o destaque é a zaga

Com Marquinhos e Rodrigo Caio impecáveis, time ainda não levou gol na Olimpíada

Por Luiz Felipe Castro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 15 ago 2016, 15h18 - Publicado em 15 ago 2016, 13h36

Se o setor ofensivo da seleção brasileira olímpica demorou dois jogos a engrenar, o desempenho dos defensores vem sendo praticamente impecável desde a estreia. Apesar dos riscos de jogar com três ou até quatro atacantes (Luan, Gabriel Jesus, Gabriel Barbosa e Neymar) e um volante mais passador que marcador (Renato Augusto), o time dirigido por Rogério Micale ainda não foi vazado nem levou grandes sustos. Destaque para a dupla de zaga Marquinhos e Rodrigo Caio: rápidos e com bom senso de colocação, superaram as contestações sobre estatura e certamente ganharam moral com Tite, o técnico da equipe adulta, que vem seguindo os passos do time olímpico e fará sua primeira convocação para as Eliminatórias na próxima segunda-feira.

Somando o amistoso preparatório contra o Japão (vitória por 2 a 0), o time chegou a cinco partidas sem levar gols. O goleiro Wevérton, do Atlético-PR, se mostrou inseguro em alguns lances, mas não comprometeu. No entanto, ele certamente deve muito aos zagueiros Marquinhos e Rodrigo Caio por não ter sido vazado. A jovem dupla se entrosou rapidamente e, tem dado conta do recado mesmo jogando relativamente exposta. Os laterais Zeca e Douglas Santos também fazem boa Olimpíada, especialmente no ataque, mas avançam bastante e, por vezes, deixam espaços nas costas. Os zagueiros, então, se aproveitaram da velocidade que possuem e praticamente não perderam um mano a mano. Micale conhece as exigências do futebol moderno (ter zagueiros rápidos e de bom passe para iniciar as jogadas – e que, se possível, façam gols) e parece ter encontrado sua dupla ideal.

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Marquinhos, 22 anos e 1.83 m, é um jogador mais consagrado. Na Europa desde 2012, joga no Paris Saint-Germain e há vários anos é cobiçado pelo Barcelona. Formado no Corinthians, ele celebrou sua atuação impecável diante do poderoso ataque colombiano (com Teo Gutiérrez e Miguel Borja) com humildade, sem necessidade de atrair os holofotes. “É um bom sinal quando não estão falando da defesa. Sabemos da responsabilidade que temos como zagueiros. É nosso dever dar segurança para o ataque e estamos fazendo esse papel muito bem.”

Um pouco mais contestado na carreira – demorou a definir se é volante ou zagueiro e participou de fases conturbadas em seu clube – Rodrigo Caio, 22 anos e 1.82 m, é um dos atletas de confiança de Rogério Micale. Em Itaquera, onde já sofreu em clássicos pelo São Paulo, o camisa 3 foi um gigante. Um lance seu na primeira etapa chamou a atenção: Rodrigo escorregou, mas, com impressionante poder de recuperação, se atirou no gramado e cortou um chute de Pabón que tinha endereço certo. O jogador vibrou intensamente e recebeu os cumprimentos do parceiro Marquinhos, cena bastante comum na competição.

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“Fico feliz pelo desempenho da defesa, estamos fazendo uma Olimpíada muito boa, consistente, todos focados e jogando para a equipe e é por isso que estamos conseguindo os resultados”, disse, após a partida em Itaquera. Os dois, no entanto, não estão sozinhos. Além dos laterais Zeca e Douglas Santos, protegem a zaga os volantes Walace (que entrou muito bem e consegue auxiliar tanto a defesa quanto o ataque) e, em menor escala, o passador Renato Augusto, e também os atacantes Gabriel Jesus e Gabriel Barbosa.

A entrada de Luan e a mudança de Neymar para o comando do ataque, (com Jesus auxiliando a marcação pela esquerda), deu mais consistência à equipe. Na quarta-feira, às 13h, no Maracanã, a seleção de Honduras tentará furar a defesa brasileira pela primeira vez, valendo uma vaga na decisão. Os atletas olímpicos ainda vivem a expetativa de serem chamados por Tite  para os jogos contra Equador e Colômbia, pelas Eliminatórias (a convocação foi adiada desta segunda-feira para o próximo dia 22).

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