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Neymar monopoliza homenagem ao Santos na Câmara

Por Da Redação
10 abr 2012, 13h40

Por João Domingos

Brasília – Com menos da metade do time titular – mas isso pouco importava, porque as atenções de todos eram quase só para Neymar e outros quatro jogadores -, o Santos desfilou nesta terça-feira pela Câmara dos Deputados, na sessão de homenagem aos 100 anos de fundação do clube. Foi aplaudido como se tivesse acabado de conquistar mais um Mundial, feito obtido pelo time em 1962 e 1963, embora no momento a equipe esteja em busca do tetracampeonato da Copa Libertadores e do seu terceiro título seguido do Campeonato Paulista.

Para tanto, o time não precisou pisar o tapete verde da Câmara, caminho diário de todos os deputados que vão para o trabalho legislativo. Os cinco craques do Santos que apareceram na sessão de homenagem tiveram à sua disposição o tapete vermelho, um privilégio dado aos chefes de Estado e de governo que visitam o Congresso em suas passagens por Brasília.

Neymar, Ganso, Rafael, Edu Dracena e Arouca, os cinco jogadores que representaram o time atual do Santos, levaram ao delírio cerca de 600 pessoas que foram à Câmara ver a homenagem ao centenário da equipe. Havia no meio dessa torcida centenas de garotos com o cabelo cortado ao estilo moicano, o modelo adotado por Neymar. Havia também carecas com perucas “moicanas”. E havia também deputados torcedores do Santos com seus ternos e gravatas sóbrios. Mas quase todos “babando” pelos ídolos. Pelé deveria ter ido à homenagem, mas não conseguiu viajar.

Foi um momento de grande confraternização. O ex-atacante Pepe, ídolo do clube, arrancou aplausos, embora a grande maioria dos garotos presentes soubesse quem ele é, a não ser pelos documentários dos anos 50 e 60. Até os cartolas receberam aplausos. O presidente do Santos, Luís Alvaro de Oliveira Ribeiro, lembrou que o time tem uma torcida de 13 milhões de pessoas em todo o País. E que, em sua opinião, a decisão de manter no Brasil os jogadores Neymar e Ganso foi a mais acertada. “O Brasil não é mais só exportador de mão de obra”, disse ele.

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Poucos, no entanto, ouviram o presidente do Santos, assim como foram muito poucos os que ouviram os discursos dos deputados para enaltecer o time, fossem ou não santistas. O público queria era um autógrafo de Neymar. Enquanto os oradores gastavam o tempo, camisetas do Santos eram atiradas no rumo do craque. De tanto dar autógrafos, ele não conseguiu escutar o que diziam os políticos e os cartolas.

Mas isso não importava. O ídolo agiu naturalmente até quando o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), disse que ele será o maior jogador de futebol de todos os tempos, capaz de superar Pelé. E que, de passagem pela Espanha, quando foi perguntado sobre o que acha de Messi, do Barcelona, ele respondeu: “O maior jogador da atualidade é Neymar, do Santos”.

Indagado pelos repórteres se daqui a 20 anos poderá se candidatar a uma vaga no Congresso, como aconteceu com outros jogadores – casos de Romário (PSB-RJ), Danrley (PSD-RS) e Deley (PSC-RJ) – Neymar respondeu: “Até lá ainda há muito tempo”. Foi o pouco que falou. Espremido pelos torcedores, protegido por seguranças, esgueirou-se por entre uns e outros, enquanto distribuía sorrisos e levava meninos e meninas ao delírio.

A tietagem foi geral. Dela não escapou Marco Maia, que se disse gremista, mas também um admirador do Santos, e que chegou a dar umas cabeceadas numa bola. Santista, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, foi à Câmara paparicar os jogadores e, em especial, Neymar. Ao sair, sorria de satisfação. Comentou que o goleiro Rafael é menor do que ele pensava. “Quando a gente vê na televisão, acha que ele é grande. E não é”. Depois, a contragosto, foi chamado a falar sobre o escândalo do Mensalão.

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