Enquanto o Corinthians entrou com time misto priorizando a disputa da Copa Libertadores, o Santos veio com força total para o clássico na Vila Belmiro e conseguiu vencer por 1 a 0, gol marcado por Ibson. Na partida de reabertura do estádio do Peixe depois de três meses em reforma, Muricy consideraria ‘falta de respeito ao torcedor’ utilizar o mesmo artifício do adversário Tit
A prioridade é a Libertadores, mas o espetáculo não pode ser prejudicado por conta de um ‘calendário maluco’. Ou, nas palavras de Muricy: ‘Não fiz nada demais, só o que o momento mandava fazer. Se algum jogador estivesse com problema não jogaria. Quem faz a tabela não vê as outras competições, quer que o mundo se vire. Tem que mudar esse calendário maluco que tem aí. Não é choro, porque nosso time está ganhando e está bem, não tenho motivo para chorar. E também não é só o Santos, vai prejudicar todo mundo. É o futebol brasileiro
Quanto à atitude de mandar a formação titular e que alcançou a sétima vitória seguida no Campeonato Paulista, o técnico do Santos prefere manter a visão otimista: o time ganhou mais entrosamento e os jogadores se entendem cada vez melhor dentro de campo.
‘A Libertadores é importante, prioridade, sabemos disso, mas os caras vêm ao estádio para ver o Neymar, o Ganso. Seria falta de respeito não colocar o time titular, por isso coloquei o time para jogar. O time está bem fisicamente, está forte. Ninguém acusa nada nos exames. Temos nosso métodos de trabalho e respeitamos o torcedor e os atletas, que estavam bem para jogar’, disse Muricy, explicando a atitude que não foi compartilhada por Tite no Corinthians.
O atribulado Campeonato Paulista também não foi poupado pelo técnico do Santos, que vê a competição com número excessivo de jogos. Além disso, Muricy já alertou quanto ao jogo contra o São Paulo, em um domingo, às 19h30 (de Brasília). Isso porque, na quarta-feira da semana posterior, o time viaja à Bolívia jogar pela Copa Libertadores.
‘A gente vai jogar 19h30 e depois viaja para a Bolívia. É brincadeira. No Brasil é diferente dos outros países, que protegem os times que jogam Libertadores. Precisa diminuir o número de times no Paulistão. Não adianta ser romântico. Aí a gente sofre quando joga contra time grande da Europa. Não tem torneios para disputar lá. Tem que mudar’, disparou o técnico do Santos, atual campeão estadual e continental.