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Luxemburgo acusa chineses de boicote e manipulação

Demitido de time da segunda divisão da China, treinador negou estar ‘ultrapassado’ e se disse injustiçado

Por da redação
Atualizado em 5 out 2016, 16h55 - Publicado em 4 out 2016, 10h18

Vanderlei Luxemburgo está de volta e com a língua afiada, como sempre. O treinador de 64 anos participou nesta segunda-feira do programa Bem Amigos, do SporTV, e, entre saias justas e desentendimentos com jornalistas presentes, fez graves acusações contra sua ex-equipe, o Tianjin Quanjian, da segunda divisão da China. Luxemburgo foi demitido do clube em junho e, segundo ele, os maus resultados obtidos em sua aventura milionária se devem a “boicote e manipulação”.

Luxemburgo afirmou que “a proposta de trabalho era excelente, financeira e tecnicamente“, mas apontou um empresário local, o ex-jogador chinês Li Weifeng, como o causador de sua demissão após seis meses. “Quando cheguei lá, encontrei um grupo comandado por Li Weifeng que se envolvia com outros empresários. Passou a ter briga dele com esses empresários e eu fiquei no meio do caminho com toda comissão técnica e os jogadores brasileiros que eu contratei. Ele era envolvido com umas coisas ruins do futebol chinês”, contou.

Luxemburgo contratou três atletas brasileiros por quantias milionárias – Luis Fabiano Jadson e Geuvânio – o que teria desagradado o empresário. “O Li Weifeng começou a me boicotar no grupo de jogadores. Ele queria ter feito as contratações.” Em seguida, Luxemburgo fez as acusações mais graves. Ele citou especificamente uma partida para acusar o futebol chinês de manipulação de resultado.

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“Teve um jogo que foi muito engraçado. Eu perdi de 3 a 2 para o último colocado. Teve um número 5 do meu time que falhou três vezes no jogo. Ele foi jogador até do Felipão, liguei para ele e ele me disse que mandou o jogador embora porque ele era meio complicado. Ele fez assim (levantou o braço) em uma falta contra mim. Na hora, eu não percebi, só vi depois na gravação. O adversário meteu a bola bem onde ele apontou e fez o gol. Eu não treino nada de linha de impedimento, não gosto. Mas o jogador que levantou a mão falhou nos três gols”, acusou Luxemburgo.

O jogo a que Luxemburgo se refere aconteceu no dia 8 de maio. O Tianjin Quanjian foi derrotado pelo lanterna Qingdao Jonoon e, segundo os poucos registros da partida em redes sociais, o camisa 5 do time de Luxemburgo era o camaronês Jean-Jacques Kilama, que defende a seleção de Hong Kong. Não há registros de que ele tenha sido comandado por Felipão, tampouco imagens da partida em questão disponíveis no YouTube.

A declaração de Luxemburgo, com tamanha naturalidade, causou surpresa nos convidados do programa de Galvão Bueno. O treinador, no entanto, afirmou com enorme convicção de que há corrupção no futebol chinês.  “É tudo armado. Lá é constante ver jogo armado para entregar o jogo (…) Há alguns anos, muitas pessoas foram presas no futebol da China. Para evoluir, o futebol chinês tem que acabar com a corrupção.”

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O ex-treinador do Real Madrid e da seleção brasileira, no entanto, diz que voltaria a trabalhar na China e acredita que é lá que está “o futuro do futebol”. “O presidente da China quer mudar o futebol chinês. Tem enraizado aquelas coisas ruins que vão sair naturalmente. O presidente da federação asiática me disse que a China deveria mudar o conceito interno. Esse Li Weifeng tirou o técnico da China do cargo. O futebol chinês vai avançar, mas terá mudança muito grande com as coisas ruins. Tem que fazer diferentes ações do que tem hoje no mercado. Nós tínhamos que avançar porque no segundo turno, os jogos estão todos prontos.”

Confusão – A participação de Luxemburgo no programa também foi marcada por bate-bocas com jornalistas, especialmente Marco Antônio Rodrigues e Cleber Machado. O treinador ficou revoltado ao ouvir do primeiro que poderia estar “desatualizado” e “superado”. “Todos nós treinadores estamos carregando a pecha do 7 a 1 como se todos nós estivéssemos no lugar do Felipão (…) Os técnicos brasileiros não estão ultrapassados e nem eu. Tudo que está acontecendo no futebol hoje, a maioria fui eu que trouxe. Eu iniciei tudo como um cara de vanguarda”, afirmou, citando “análise de desempenho”, “esquema 4-1-4-1”, “volantes que sabem jogar” e outros quesitos.

Luxemburgo ainda se irritou com os comentaristas Caio Ribeiro e Lédio Carmona, que criticaram os técnicos brasileiros por não estudarem idiomas estrangeiros para poder trabalhar fora do país. “Caio, você está totalmente equivocado. Meu trabalho é totalmente moderno e alinhado com o que acontece hoje”, disse o treinador, enquanto Galvão Bueno tentava apaziguar a situação. A participação de Luxemburgo no programa causou grande repercussão nas redes sociais.

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