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Luis Fabiano bate na mãe e sela virada da classificação no Morumbi

Por Da Redação
Atualizado em 19 jul 2016, 14h09 - Publicado em 10 Maio 2012, 23h57

Torcedor e revelação da Ponte Preta, Luis Fabiano não sabia nem se comemoraria caso marcasse gol nesta quinta-feira. Mas ao ‘bater na mãe’ – como diz se sentir ao balançar as redes da Macaca – aos 21 minutos do segundo tempo, não se conteve no Morumbi. O gol do centroavante selou uma virada por 3 a 1 que colocou o São Paulo nas quartas de final da Copa do Brasil.

Antes do giro decisivo do camisa 9 sobre a marcação, o Tricolor começou mal o jogo e foi punido com um golaço de Somália aos 12 minutos do primeiro tempo. Pressionados pela torcida, que exigia raça antes da metade da etapa inicial, os comandados de Emerson Leão empataram com Casemiro, aos 38, e viraram com Lucas, aproveitando falha de Bruno Fuso aos 40.

Na volta do intervalo, com atitude totalmente diferente, o São Paulo definiu a classificação, recuperando-se da derrota por 1 a 0 em Campinas, para festa dos mais de 26 mil torcedores que foram ao estádio na noite desta quinta-feira. No Morumbi, com data ainda a ser definida, o clube inicia o duelo com o Goiás pelas quartas de final.

O jogo -Tanto Emerson Leão quanto Gilson Kleina mandaram a campo as escalações esperadas, e a Ponte Preta não alterou nem sua tática, repetindo a marcação intensa que valeu a vitória sobre o Corinthians nas quartas de final do Campeonato Paulista. O problema era na atitude do São Paulo.

O treinador cobrou desde os treinamentos o Tricolor a ter mobilidade para criar espaço na busca de oportunidades, mas a movimentação apareceu somente nos primeiros minutos com uma correria inicial de Cícero e Cortez pela esquerda. No resto do time, apenas as passagens de Douglas como opção pela direita.

A Macaca, por sua vez, blindava com extrema eficiência a área de Bruno Fuso, congestionando sua meia-lua e conseguindo ter, muitas vezes, dois atletas para coibir as descidas são-paulinas pelas laterais. Teve ainda como auxílio a má vontade dos comandados de Leão em obedecer o chefe para se mexer e escapar da marcação.

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Se o São Paulo estava parado, a Ponte soube correr. E foi premiada. Aos 12 minutos, Cicinho, quase um lateral direito, apareceu em contra-ataque na linha de fundo pela esquerda. Lá, driblou o canhoto Edson Silva, fora de sua posição, quantas vezes quis até cruzar do outro lado. A área já estava cheia de são-paulinos, mas nenhum poderia evitar o golaço que Somália fez com um lindo voleio no ângulo direito de Denis.

A equipe campineira não poderia escolher um início de partida melhor. E o Tricolor continuou ajudando. A Ponte só deixava Roger à frente do meio-campo e nem precisava ter dez atletas atrás, já que o adversário não tinha quase nenhum atleta se movimentando.

As jogadas dos anfitriões se limitavam a tentativa individuais, como um chute de direita de Fernandinho que saiu pela lateral, uma arrancada de Lucas que não virou nem finalização porque o camisa 7 abusou dos dribles e um arremate fraco à distância de Luis Fabiano que Bruno Fuso espalmou. Bastante irritada, a torcida cobrou raça antes menos da metade do primeiro tempo.

Foi quando ao menos uma jogada treinada por Leão deu resultado e recolocou o então apático time no jogo. Aos 36 minutos, falta cobrada por Lucas da lateral direita desviou na cabeça de Cícero e a bola encontrou Casemiro, quase debaixo da trave e esperto para colocar nas redes vazias.

Ainda em vantagem, a Macaca acabou punida por tentar ser esperta. Erro, principalmente, de Bruno Fuso, que levou cartão amarelo por fazer cera ainda aos 17 minutos do primeiro tempo. Aos 40, demorou a agarrar a bola em lançamento de Cícero. Lucas, então, teve a raça que a torcida exigiu para aproveitar a bobeia e, sem o goleiro perceber, driblá-lo antes de virar a partida.

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O que parecia impossível pela atitude são-paulina tornou-se provável graças ao vacilo ponte-pretano. Até a torcida no Morumbi mudou, passando a usar gritos de incentivo como ‘Arerê, São Paulo eu acredito em você’. Leão também mudou, preenchendo o buraco no meio-campo trocando Fernandinho por Jadson.

A atitude quase foi decisiva para o gol da classificação sair antes do primeiro minuto de segundo tempo, mas Bruno Fuso evitou um gol-relâmpago de Luis Fabiano. O goleiro, contudo, voltou a errar cobrando falta aos 12 minutos do segundo tempo em pés são-paulinos e a jogada só não parou em suas redes porque Somália cometeu falta. No lance, contudo, Fuso se machucou e foi substituído por Lauro.

A troca na meta, entretanto, não minimizou o peso da falha do goleiro titular. O São Paulo era outro em campo, com movimentação intensa, finalmente seguinte as ordens que Leão passou durante uma semana. Jadson atraía mais a atenção de seus marcadores e abriu espaço para os laterais.

O prêmio pela atitude veio aos 21 minutos, quando Cortez desceu pela esquerda em velocidade e tocou no meio da área para Luis Fabiano. O centroavante girou sobre seu marcador e bateu de esquerda, nas redes, fazendo a festa de quase todos os mais de 26 mil torcedores que estiveram no Morumbi nesta noite.

A Ponte Preta não esperava tomar três gols. E não conseguiu achar solução durante o jogo, em uma irritação que gerou até a expulsão do técnico Gilson Kleina aos 34 minutos por exagerar nas reclamações com a arbitragem. À toa. A falha de Bruno Fuso no fim de primeiro tempo foi irreversível. Nem um gol de Renato Cajá aos 45 minutos do segundo tempo ajudou, já que o meia estava impedido.

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