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Jogador mexicano peita torcida para acabar com gritos homofóbicos

O termo "puto", equivalente a "bicha" no Brasil, é entoado com frequência nos estádios mexicanos e brasileiros quando um goleiro cobra o tiro de meta

Por Da redação
Atualizado em 20 out 2016, 17h38 - Publicado em 20 out 2016, 16h55

Ulises Briceño, atacante do Venados, da segunda divisão do Campeonato Mexicano, deu um importante passo para tentar erradicar os infelizes gritos homofóbicos de “puto”, equivalente ao termo “bicha” no Brasil, emitidos pela torcida mexicana nos estádios a cada tiro de meta cobrado pelos goleiros. Antes da partida contra o Lobos de la BUAP, na última semana, o jogador de 23 anos pegou um microfone – que estava sendo utilizado para uma campanha contra o câncer de mama – e pediu para a torcida do estádio Carlos Iturralde Rivero, em Mérida, poupar os goleiros e parar com as ofensas. 

“Juntos façamos um compromisso: vamos parar com o grito ‘puto’ e vamos respeitar os goleiros adversários. É só isso que peço. Repito: vamos parar com isso”, suplicou Briceño, que depois da vitória de seu time por 5 a 1 explicou que o técnico do Venados, José Luis Sánchez, pediu-lhe para tomar à frente do grupo e se posicionar para a torcida. A atitude parece ter surtido efeito, pelo menos, no primeiro tempo: os goleiros não foram insultados pelo termo homofóbico. Mas na segunda etapa, o grito acabou voltando.

Copa do Mundo de 2014 – Durante o Mundial no Brasil, a Fifa foi duramente criticada por ativistas dos direitos LGBT por não punir seleções por causa do comportamento de torcedores em algumas partidas. Em uma delas, entre México e Camarões, os torcedores mexicanos entoaram gritos e insultos homofóbicos toda vez que o goleiro adversário cobrava um tiro de meta. Na época, a Fifa chegou a abrir um processo contra a Federação Mexicana de Futebol, mas no fim o caso foi absolvido.

Futebol brasileiro – Nos últimos anos, algumas torcidas do Brasil tomaram como exemplo o grito homofóbico mexicano e passaram a entoar o termo “bicha” sempre que um goleiro adversário cobra um tiro de meta. O xingamento virou costume nos estádios. Em setembro de 2014, a diretoria do Corinthians divulgou uma nota de repúdio ao ato de seus torcedores e cobrou o fim das provocações.

O ex-goleiro do São Paulo, Rogério Ceni, foi o primeiro alvo, no futebol brasileiro, do canto homofóbico por parte das torcidas rivais. Curiosamente, em vez de sabotar o grito, a torcida são-paulina também começou a fazer o mesmo toda vez que um goleiro adversário batia um tiro de meta, assim como outras torcidas de outros clubes brasileiros.

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