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Infantino defende Copa inchada: ‘É mais do que Europa e América’

Presidente da Fifa afirmou que Mundial com 48 seleções ajudará a desenvolver o futebol em países menos tradicionais - além, claro, de aumentar os lucros

Por da redação
10 jan 2017, 15h49

O presidente da Fifa Gianni Infantino defendeu a decisão tomada nesta terça-feira pelo Conselho da entidade de aumentar de 32 para 48 as equipes que participarão da Copa do Mundo a partir de 2026. Segundo o dirigente ítalo-suíço, a ampliação serve para o desenvolvimento do futebol em todo o planeta – além, claro, de gerar lucros à entidade.

“Estamos no século XXI, e é preciso adaptar a competição”, afirmou Infantino em entrevista em Zurique, na Suíça. “O novo formato traz mais associações para participar da maior celebração do futebol. Temos de moldar o futebol, que é mais do que Europa e a América do Sul. O futebol é global. A febre do futebol em grandes partes do mundo, que hoje não têm chances, é algo que estava no topo de nossas ideias.”

A ampliação do Mundial era o carro-chefe da campanha presidencial de Infantino, que sucedeu Joseph Blatter em fevereiro do ano passado. Ele pretendia ampliar para 40 equipes em grupos de cinco seleções, mas foi convencido de que este formato com 16 grupos de três é o melhor. “Chegamos a um formato melhor, porque reduz o número de jogos se comparado ao inicial”, acrescentou.

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Questionado sobre as críticas da Associação de Clubes Europeus (ECA) e pela federação alemã, Infantino assumiu o risco. “Sempre haverá alguém que se queixe. Se você esperar que não haja críticas, não toma decisões. Mas o importante era não aumentar a carga dos jogadores e isso nós conseguimos”, acrescentou, lembrando que a Copa será disputada em 32 dias, como no formato atual.

O suíço admitiu que com 48 equipes a Fifa terá mais lucro, mas não deu detalhes sobre números nem sobre como se obterá mais dinheiro exatamente. “Ao analisar, olhamos para aspectos esportivos, financeiros, qualidade, todos os elementos foram analisados. É impossível prever o que vai acontecer daqui a 10 anos”, desconversou.

Além disso, o cartola rejeitou a possibilidade de queda do nível técnico e citou a  classificação da Costa Rica para as oitavas da última Copa, em grupo que tinha Uruguai, Itália e Inglaterra, como exemplo do desenvolvimento do futebol em países menos tradicionais.

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A expectativa é que os continentes africano e asiático sejam os maiores beneficiados com o inchaço da Copa. “Temos de ter um equilíbrio na questão esportiva. A África, por exemplo, tem 54 representantes e apenas cinco vagas. São questões que precisam ser revistas. É uma questão matemática, não apenas uma opinião, são fatos.”

Infantino foi questionado sobre a maior possibilidade de um grupo com três times ter os chamados “jogos de compadres”, no qual um empate, por exemplo, classifique ambas. O dirigente disse que há duas soluções para evitar os resultados combinados na primeira fase: pênaltis em caso de empate ou o ranking da Fifa como critério de desempate. Ele disse, no entanto, que a questão só será definida dois anos antes do Mundial.  Infantino também não revelou qual será o formato das Eliminatórias e os critérios de classificação.

(com agências EFE e Gazeta Press)

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