O discurso no Palmeiras é controverso em relação às demissões promovidas pelo presidente Arnaldo Tirone no setor administrativo do departamento de futebol. Nesta terça-feira, o vice-presidente Roberto Frizzo e o gerente de futebol, César Sampaio, adotaram explicações diferentes sobre as saídas de sete profissionais.
‘Foi uma decisão do presidente, e o que me passaram é uma contensão de despesas. A experiência do Sérgio (do Prado) vai fazer falta, e a assessoria também tem excelentes profissionais’, afirmou Sampaio, que admite até telefonar ao ex-dirigente para tirar dúvidas.
Na noite de segunda-feira, Tirone decidiu demitir o gerente administrativo Sérgio do Prado, o advogado André Sica e os cinco assessores de imprensa do clube. Os dois primeiros já se desligaram do Palmeiras, mas a equipe de assessoria permanece até o fim do mês.
No entanto, Frizzo adotou justificativa diferente de Sampaio e negou que a questão financeira seja o maior motivo, admitindo que a pressão política teve interferência.
‘De alguma maneira, o César deve ter colocado um ponto de vista. Mas, talvez, apenas o jurídico represente um pouco de redução de gastos por ser (contratado) agora por tarefas. Mas as outras duas funções vão ter que ser repostas’, avaliou o vice-presidente.
A partir de agora, o Palmeiras contratará um advogado para cuidar de cada caso, como nos julgamentos no Superior Tribunal de Justiça Desportiva. Porém, o clube busca substitutos para os outros setores. Frizzo ainda admitiu que a pressão sobre Sérgio do Prado ficou insustentável.
‘Era horrível para ele trabalhar daquela maneira. Um profissional de alta qualidade, impecável, e era criticado até quando fazia as coisas certas. Não vão faltar convites, o Sérgio é muito respeitado’, comentou.
Sérgio do Prado era aliado justamente de Frizzo no Palmeiras e, por isso, recebia pressão da comissão técnica e de uma ala de conselheiros.