Sem conseguir conter a sua irritação com a postura do árbitro José Buitrago na derrota para o Boca Juniors, Rodrigo Caetano, diretor de futebol do Fluminense, procurou se esquecer dos lances duvidosos que foram assinalados pelo juiz e extraiu os pontos positivos da situação. O dirigente entende que a frustração dos jogadores e a indignação que tomou conta do vestiário tricolor após o término da partida motivarão ainda mais o clube na disputa da Libertadores.
Caetano ainda foi mais além em sua análise e pediu para que o próprio torcedor tricolor incorpore o indigesto sentimento compartilhado pelo grupo de atletas do Fluminense. O diretor-executivo da equipe entende que a presença maciça da torcida no Engenhão, na próxima quarta-feira, e a ânsia por uma vitória diante de toda a rivalidade que envolve o futebol brasileiro e argentino poderão ser determinantes para a classificação tricolor à semifinal do torneio.
‘É impossível se conter. Esse árbitro estava tentando inibir a nossa equipe. Se esse tipo de derrota nos deixa indignados em um primeiro momento, no segundo ele vai deixar ainda mais motivado. O espírito de indignação do vestiário, de revanche, de superar o adversário. Eu espero que o torcedor também incorpore isso e esgote todos os ingressos para o jogo de quarta-feira’, declarou o dirigente.
Mesmo contrariado com a atuação do árbitro colombiano no confronto realizado em La Bombonera, Rodrigo Caetano não se empolgou com uma possível reclamação na Conmebol e disse que a única resposta para o revés sofrido na Argentina será o modo como o seu clube reagirá dentro de campo.
‘Infelizmente, a possibilidade é zero. O máximo é fazer um relatório com uma manifestação de descontentamento. Nós só temos que pensar que não existe nenhum interesse por trás disso e conclamar o torcedor. Manteremos essa chama acesa e resolveremos isso dentro de campo, com um árbitro isento’, concluiu Caetano.
No duelo da volta, na próxima quarta, o Fluminense precisa vencer o Boca Juniors por dois ou mais gols de vantagem para se classificar. Caso devolva o 1 a 0, forçará a disputa de pênaltis. Qualquer outro resultado servirá aos argentinos, que podem perder por um gol de diferença, a partir de 2 a 1, pois os tentos anotados como visitante valem como critério de desempate.