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Fernandinho promete virar mercedes contra padrinho no Bahia de Feira

Por Da Redação
10 abr 2012, 18h51

À disposição de Emerson Leão depois de passar a manhã de terça-feira no Reffis, Fernandinho embarcou para Feira de Santana com a delegação são-paulina para enfrentar o Bahia local e, em especial, um técnico a quem deve a carreira: Arnaldo Lira, que lhe pagou até moradia e alimentação há seis anos. Ansioso, o atacante chegou a ligar para o antigo comandante, mas para provocar.

‘Falei: ‘E aí, professor? Como está a expectativa? Se o Leão colocar eu e o Lucas vai ficar difícil, hein? Eu e o Lucas, o Lucas e o Osvaldo, esses jogadores velozes pelo lado do campo… Se você marca o Osvaldo de um lado, tem a mercedes do Lucas. Se você marcar o Lucas, tem a mercedes do Osvaldo ou a mercedes do Fernandinho. Então vai ficar difícil”, contou Fernandinho, sorrindo, à Gazeta Esportiva.Ne

A brincadeira é uma prova da ligação que ambos têm e o jogador faz questão de manter. O relacionamento começou em 2006, quando Lira se animou ao ver o atacante, então com 20 anos, no Central de Caruaru, de Pernambuco. Resolveu apostar em Fernandinho. Bancou sua viagem para o Ceará, pagando também sua hospedagem e as refeições diárias.

‘Ele acreditava muito em mim, achava que eu tinha potencial. Quando saiu do Central, queria me levar para algum time do Ceará, que era para onde ele ia. Ia acertar com um dos três times do Ceará, Ceará, Fortaleza ou Ferroviário. Acertou com o Ferroviário e me colocou lá’, lembrou o jogador, que se destacou na campanha que quase terminou com o acesso à Série B do Brasileiro em 2006.

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A época em que comandava o hoje dono da camisa 12 do Tricolor é recordada com alegria pelo treinador. ‘Aquele time do Ferroviário ainda tinha o Everton, que hoje está no Cruzeiro, o Ernandes, do Atlético-GO, o Marcos Pimentel, que atuou pelo Grêmio Barueri e a Portuguesa…’, citou Arnaldo Lira, emocionando com a ligação recente de Fernandinho. ‘Eu ainda o chamo de Fernando. Fazia tempo que não conversávamos.’

‘É um cara que não dá para descrever, não dá para ficar muito tempo sem falar com um cara que me ajudou tanto. Ele falou: ‘pô, Fernandinho! E aí? Que saudade de você! Você me esqueceu?’. Falei: ‘o que é isso, professor?’, aquela resenha, ‘o que é isso? Está louco? Não tem como esquecer de você, não. Você entrou na minha vida e me ajudou demais”, relatou Fernandinho. ‘Tem muito jogador que ele revelou. Às vezes, um ou outro esquece. Mas a maioria, como eu, sempre lembra’, continuou, contando que o volante Fabrício, hoje seu colega no São Paulo, também foi ajudado por

Divulgação

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João Neto é artilheiro do Bahia de Feira

ATACANTE ENFRENTARÁ OUTRO ‘IRMÃOZÃO’: JOÃO NETO

O jogo contra o Bahia de Feira de Santana será uma oportunidade para Fernandinho encontrar e enfrentar também pela primeira vez outro velho amigo: João, artilheiro do time baiano. ‘Ele começou comigo. É meu parceiro, um irmãozão, amigo há bastante tempo.’

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O hoje camisa 12 do São Paulo se compara ao amigo que será rival nesta quarta-feira. E enaltece Arnaldo Lira por achar lugar para ambos no Ferroviário há seis anos. ‘Eu era reserva dele. Só passamos a jogar juntos com o Lira. Somos dois canhotos, com características um pouco parecidas. Ninguém nos colocava juntos, só o Lira’, contou, animado com a fase de João Neto. ‘Ele está bem demais, fazendo gol direto. É um jogador que logo, logo vai estar em time grande. Joga para caramba.’

Se Fernandinho é grato a Lira, João Neto passou recente por problemas com o técnico. No domingo, na derrota para o Bahia de Salvador, o atacante se recusou a ser substituído e acabou multado em 20% de seu salário – o dinheiro será dividido entre o elenco. Mas não foi punido a ponto de ser sacado da equipe para o duelo contra o Tricolor paulista.

‘Apenas segui o meu coração. Pedi pra esperarem mais um pouco. Foi por uma boa causa. Recebi uma mensagem de Deus que algo bom iria acontecer para mim’, falou João Neto, que se desculpou publicamente com o chefe.

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Uma gratidão que Fernandinho manifesta mesmo que sirva como incentivo para o adversário. ‘Fiquei sabendo que ele aproveitou a minha brincadeirae soltou no meio do grupo, já fez uma palestra motivacional. Eles vão ficar tudo louco, principalmente comigo. Mas vou chegar lá e falar: ‘olha, é tudo brincadeira”, gargalhou o atleta do São Paul

Motivação é o único antídoto encontrado pelo técnico do Bahia de Feira de Santana diante do São Paulo. ‘Vai ser difícil escolher um para marcar. Então vamos fazer como sempre fazemos, marcando por setor. E vamos jogar, atacar também’, prometeu, para alegria de Fernandinho. ‘Beleza, bom saber disso…’, animou-se o atacante.

Será a primeira vez que o camisa 12 do Tricolor enfrentará seu padrinho. E espera por outros duelos, diante de equipes mais tradicionais. ‘Ele tem essa característica de escolher um jogador por seu talento e ajudá-lo até dar certo. Tem uma visão muito boa. É um cara que nasceu para ajudar muita gente. Trabalha muito bem, com sinceridade. Sonho vê-lo em um time grande. Torço pra caramba por ele’, afirmou Fernandinho, que já separou uma camisa do São Paulo para presentear Lira nesta quarta-feira.

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Bebedeira impossível -Em meio à fama de ajudar jogadores surgidos em times do Nordeste, Arnaldo Lira teve que encarar uma má passagem no ano passado. O técnico foi ‘emprestado’ pelo Bahia de Feira de Santana, que já não tinha mais compromissos, para ajudar o Icasa a escapar do rebaixamento na Série B do Campeonato Brasileiro. Mas acabou demitido às vésperas da última rodada acusado pela diretoria de viajar alcoolizado com o tim

‘Não houve nada disso. Trabalhei sete jogos, consegui três vitórias, dois empates e duas derrotas. Cheguei à última rodada precisando vencer para evitar o rebaixamento, mas o presidente, com interesse financeiro, queria escalar o Junior Xuxa, um jogador irresponsável e vagabundo que eu tinha afastado e, depois, falou que viajei bêbado’, lembrou Lira, hoje indiferente ao caso. ‘Não dá para se preocupar com o Junior Xuxa.’

Ao saber da história, Fernandinho logo apoiou seu padrinho. ‘Sacanagem! Ele trabalha correto, é bem rigoroso. Trabalhei com ele no Central, no Ferroviário, o conheço há muito tempo e tenho certeza que não fez isso. Ele não ia fazer isso antes do último jogo. Tem coisa que acontece no futebol e você não consegue entender’, opinou o atacante.

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