‘Exigente público paulista’ aprova seleção com louvor

Brasil jogou bem e recebeu o carinho do público em Itaquera. No fim, gritos de Brasil, Neymar e "eliminado" para os colombianos

Por Luiz Felipe Castro SEGUIR SEGUINDO Atualizado em 14 ago 2016, 03h56 - Publicado em 14 ago 2016, 00h16

Neymar comemora após marcar gol de falta sobre a Colômbia, nos Jogos Olímpicos Rio 2016 (Lucas Figueiredo/Mowa Press)

Tradicionalmente, o público do Sudeste, especialmente o de São Paulo, é bastante exigente – e por vezes impaciente com a seleção brasileira. Jogos de Eliminatórias de Copa do Mundo na cidade já registraram protestos ruidosos, até com bandeiras sendo atiradas no gramado do Morumbi, a antiga casa paulistana da seleção. Na congelante noite desta sábado em Itaquera, no entanto, o que se viu foi um acolhimento caloroso e semelhante ao dos estádios do Nordeste. Na vitória por 2 a 0 sobre a truculenta Colômbia a torcida jogou junto. E a desconfiança das primeiras partidas parece ter ido embora.

Renato Augusto, campeão brasileiro com o Corinthians, e Neymar foram os mais celebrados no aquecimento. Gabriel Jesus, do Palmeiras, também foi bastante aplaudido, mas recebeu algumas vaias dos corintianos. O hino nacional, que desta vez não foi “encurtado” pela organização, arrepiou a todos em Itaquera. Quando a bola rolou, a torcida seguiu incentivando e a tensão do jogo fez o volume aumentar.

A cada pancada dos colombianos, seguiam-se os gritos de “timinho”. O gol de falta de Neymar fez explodir a arena, que reverenciou o capitão, tão contestado nas duas primeiras partidas. Um grande ídolo da torcida estava na arquibancada. O técnico da seleção adulta Tite foi a Itaquera e distribuiu beijos e acenos ao ouvir a canção dedicada a ele pela torcida do Corinthians. Mas não houve apenas clubismo na festa brasileira: substituidos, Gabriel Jesus e Gabigol deixaram o campo aplaudidos, assim como toda a seleção.

Ao fim da partida, com a vitória consumada, começaram os gritos de “eliminado” para os colombianos. No apito final, Neymar vibrou como poucas vezes se viu diante dos torcedores que estavam a poucos metros de distância. A noite mágica em Itaquera só comprovou o que sempre se soube: o torcedor da seleção brasileira é absolutamente passional e, quando a equipe colabora, joga junto. De norte a sul.