Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

‘De saco cheio’, José Aldo anuncia aposentadoria do MMA

Com razão, lutador brasileiro se sentiu desrespeitado por Dana White ao novamente ter sua revanche contra McGregor negada e desistiu da carreira

Por da redação
Atualizado em 28 set 2016, 09h38 - Publicado em 28 set 2016, 08h48

A confirmação da luta entre o irlandês Conor McGregor e o americano Eddie Alvarez no UFC 205, em Nova York, no dia 12 de novembro, foi a gota d’água para o brasileiro José Aldo. Em entrevista ao programa Revista Combate, do SporTV, o campeão interino peso-pena pediu ao presidente do Ultimate, Dana White, para ter o contrato rescindido e, após ter o pedido negado, anunciou sua aposentadoria do MMA na noite desta terça-feira.

Aldo ficou revoltado com o fato de Dana ter “travado” sua categoria, a dos penas. McGregor conquistou o cinturão linear da categoria ao nocautear o brasileiro, com apenas 13 segundos, no UFC 194, em Las Vegas, em novembro do ano passado. Depois disso, o irlandês falastrão se aventurou na categoria dos meio-médios (perdeu uma e ganhou outra para o americano Nate Diaz) e agora ganhou uma nova chance em uma terceira categoria: disputará o cinturão dos leves diante de Alvarez no badalado evento em Nova York.

Aldo tem toda razão em reclamar, já que o UFC, mais uma vez, adiou sua revanche contra McGregor, que unificaria o campeão dos penas – o brasileiro conquistou o cinturão interino ao bater Frankie Edgar, no UFC 200, em julho – apenas para satisfazer os desejos do irlandês (e, claro, faturar com isso). Dana alegou que McGregor terá que abrir mão de um dos cinturões, caso vença Alvarez, o que irritou ainda mais o brasileiro.

“Desde que eu perdi eles prometeram uma coisa para mim. Vinha no meu pensamento que eu não queria nem mais lutar MMA, cheguei no meu limite. Sentei com o Dedé (Pederneiras, seu técnico) há muito tempo, ele me convenceu de continuar, lutei com o Frankie Edgar para ganhar, foi a luta do Dedé. Quando acabou a luta eu ofereci a vitória a ele”, afirmou José Aldo, de 30 anos.

Continua após a publicidade

“Depois disso, estava esperando, o cara falou que a luta estava fechada, pessoas do UFC falaram que a gente conseguiu a luta. Não é que estou de cabeça quente, revoltado, nada disso. Estou muito tranquilo, conversei desde muito antes que queria encerrar minha carreira aos 30 anos de idade e tomar novos rumos. Eu nunca lutei por dinheiro, queria fazer uma trajetória boa e deixar um legado na categoria. Queria me aposentar como único campeão peso-pena, mas não foi dessa maneira. Sou campeão interino, estou lá em cima, mas estou realmente estou de saco cheio”, declarou o lutador.

“Hoje (terça-feira) de manhã estava conversando com o Dedé… Se eles oferecerem qualquer coisa… Para mim, não é questão de dinheiro, eu não aguento mais. Chegou no meu limite. Se ele (Dana White) gosta de mim e da minha família como falou, só peço que ele me libere normalmente, não quero briga com ninguém. Quero sair do jeito que eu entrei. O UFC nunca me deu nada. Foi tudo mérito meu, da minha equipe e da minha família. Em nenhum momento eles me deram alguma coisa. Eu conquistei com méritos meus. Dei muito mais a eles do que eles me deram em troca. Só quero que possam me liberar do contrato. Se eles me oferecerem milhões, podem ficar para eles, não quero. Desculpe a expressão, mas não sou p*** para me vender. Sou homem. Meu pai me fez assim.”

As declarações foram motivadas pela negativa de Dana White em liberar Aldo. “Não vamos cancelar o contrato dele. A gente sabe que ele ficou muito emotivo, respeitamos muito o José Aldo, a gente gosta de quem está em volta dele. (…) Vamos conseguir arrumar algo legal para o José também”, afirmou o presidente do UFC em coletiva para promover o UFC Nova York. Suas declarações não convenceram o lutador nascido em Manaus.

Continua após a publicidade

“Ele (Dana) tinha falado que faríamos a luta contra o Conor pelo cinturão, senão ia enfrentar um desses dois (Pettis ou Holloway). Agora vai querer esperar até a luta (McGregor x Alvarez) acontecer. Se ele (McGregor) perder, luta comigo. Se ganhar, fica no leve e abandona (o título) para eu enfrentar o Holloway. Isso não é uma coisa legal. Está prejudicando a mim, que fiz história, o Holloway, o Pettis, o Frankie ou o peso-pena que for. Não é só falta de respeito com o Aldo, é com a categoria toda. Se o outro ganha, vai querer botar com quem não tem nada a ver.”

“Só quero que o UFC me libere para eu seguir a minha vida, minha carreira em outro esporte, que sempre tive o sonho”, completou Aldo, que acumulou 26 vitórias e duas derrotas em sua carreira no MMA, entre 2004 e 2016. 

Continua após a publicidade

(com Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.