César Cielo deu mais uma prova nesta sexta-feira de que é um dos maiores nadadores da história. O brasileiro quebrou o recorde mundial dos 50 metros livre no Torneio Open de Natação, disputado no Clube Pinheiros, em São Paulo, ao cravar o tempo de 20s91.
Com o feito, ele superou a marca do francês Frederick Bousquet, de 20s94, um dia depois de ter cravado o segundo melhor tempo da história dos 50 metros livre, ao completar a distância em 21s02.
Foi a primeira vez que um nadador das Américas completou os 50 metros livre abaixo dos 21 segundos. Cielo obteve o feito na última competição em que teve a chance de usar maiô tecnológico, que estará proibido pela Federação Internacional de Natação (Fina) a partir de 2010 em competições oficiais.
Com o recorde obtido nesta sexta-feira, Cielo acumula mais um feito histórico à sua carreira, já que ele também detém a marca mundial dos 100 metros livre, de 46s91, conquistado no Mundial de Roma, em agosto. Na competição na Itália, o brasileiro foi campeão do mundo nos 50 e nos 100 metros livre, um ano depois de ter conquistado a medalha de ouro dos 50 metros livres nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008.
Desabafo – Cielo tinha pressa em obter o feito até pelo fato de que, a partir de 2010, os maiôs tecnológicos estarão proibidos. Cielo revelou que perseguia a marca mundial dos 50 metros desde a Olimpíada de Pequim, em 2008, quando conquistou a medalha de ouro da distância.
“Olha, eu queria muito terminar esse ano como melhor dos 50 e melhor dos 100 metros. Bati na trave duas vezes nesse campeonato, não estava fácil, estava engasgado já. Mais do que pra mim, queria esse resultado para o Albertinho (técnico Alberto Silva), que me treina desde quando eu tinha 16 anos. Ele merecia ter esse resultado no currículo dele também”, afirmou, em entrevista ao SporTV.
O nadador desabafou contra quem considera que o seu sucesso nas piscinas só se devia ao trabalho que ele vem realizando nos Estados Unidos com o técnico Brett Hawke. “Mais do que pra mim, pra ele (Albertinho) não é fácil eu voltar de uma Olimpíada como campeão olímpico, voltar do Mundial como recordista e campeão mundial e ele ter de segurar a bomba sozinho. Todo mundo cobrando, falando que o resultado nunca pertenceu ao Brasil, e está aí. Treinei o semestre inteiro no Brasil, com o Albertinho, e deu certo”, ressaltou Cielo.
O campeão lembrou que agora entrou para a história como o nadador mais rápido do mundo não apenas por ser o atual campeão mundial dos 50 metros livre. “Eu nunca fui o melhor no papel, sempre consegui ganhar, mas o recorde dos 50 eu queria desde a Olimpíada. O (recorde dos) 100 (metros) acabou vindo primeiro, mas agora é colocar meu nome no quadro de Auburn (local onde treina nos Estados Unidos) de recordes e tirar o (nome do francês Frederick) Busquet de lá que agora o tempo é meu”.
(Com Agência Estado)