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CBF, Pacaembu e Interlagos: o dedo de Doria no esporte

Novo prefeito de São Paulo já chefiou delegação da seleção, causou saia justa com Dunga e, assim como o governador Alckmin, torce pelo Santos

Por da redação
Atualizado em 3 out 2016, 09h34 - Publicado em 3 out 2016, 09h31

O prefeito eleito de São Paulo (SP), João Doria Júnior (PSDB), mantém ligações com o esporte e, deve, inclusive, mexer com dois dos principais palcos esportivos da cidade a partir do início de seu mandato, em 2017. Torcedor do Santos – assim como seu principal aliado, o governador Geraldo Alckmin – , o empresário de 58 anos revelou durante sua campanha que pretende privatizar o estádio do Pacaembu e o autódromo de Interlagos. Doria também mantém boa relação com os dirigentes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), tanto que no ano passado foi o chefe da delegação da seleção brasileira que fracassou na Copa América do Chile.

Em entrevista à revista Viagem e Turismo, da Editora Abril, em 2012, Doria falou sobre sua paixão por futebol e pelo Santos. Disse que virou santista por causa do Pelé e citou o milésimo gol do camisa 10, diante do Vasco, em 1969, como o jogo mais marcante de sua vida. Doria também disse ter um carinho especial pelo estádio do Santos. “A primeira vez que levei meus três filhos à Vila foi um momento único. Ficamos os quatro emocionadíssimos”, contou. É possível, no entanto, que com Doria na prefeitura o time do litoral passe a jogar mais na capital.

Em dezembro do ano passado, em entrevista ao jornal El País, Doria disse que seus planos eram privatizar o estádio e o autódromo de São Paulo. “Eu defendo o Estado mínimo, e vou fazer isso. A Prefeitura vai vender tudo aquilo que não for essencial para a gestão pública e a assistência à população que mais precisa. Vamos começar vendendo o estádio do Pacaembu, o autódromo de Interlagos e o parque de convenções do Anhembi.”

Neste ano, Doria ajustou o discurso em relação ao estádio municipal e disse que negociará uma “concessão por tempo determinado” – lembrando que a fachada do estádio é tombado pelo patrimônio histórico e não pode ser modificada. O principal candidato a arrendar o Pacaembu é mesmo o Santos, que, desde os tempos de Pelé, costuma mandar grandes jogos na capital.

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O Santos estuda a construção de uma nova arena na cidade litorânea para substituir a defasada Vila Belmiro, mas a possibilidade de arrendar o Pacaembu pode ganhar força no mandato do santista Doria.

CBF – Quem também deve estar celebrando a vitória do tucano é a CBF. Íntimo do presidente Marco Polo Del Nero desde quando o cartola presidia a Federação Paulista de Futebol (FPF), Doria causou controvérsia ao ser escolhido chefe da delegação brasileira durante a Copa América de 2015, no Chile – cargo decorativo que costuma ser ocupado por dirigentes esportivos e não empresários. Sua escolha causou uma saia justa devido a postagens antigas de Doria no Twitter, nas quais criticava o técnico Dunga, a quem chamou de “teimoso”.

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Os dois chegaram a posar juntos para fotos e Doria disse ter mudado de opinião – “Dunga é um excelente técnico. No caso dele, o tempo foi senhor da razão porque hoje ele é melhor, mais experiente, mais articulado”. Doria não acompanhou a seleção durante todos os jogos da fracassada campanha, pois precisava retornar ao Brasil para cuidar de suas empresas. Internamente, chegou a ser criticado por atletas e comissão por sua omissão.

A seleção brasileira agora dirigida por Tite ainda não atuou em São Paulo nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018 e, ainda mais agora com a vitória de Dória, é bastante provável que isso ocorra no ano que vem.

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