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CBF é multada por insultos homofóbicos de torcedores

Fifa rejeitou argumento de que gritos de "bicha" são culturais e puniu a seleção brasileira pela segunda vez em dois meses

Por da redação
Atualizado em 3 nov 2016, 18h50 - Publicado em 3 nov 2016, 18h41

A Fifa multou nesta quinta-feira, pela segunda vez, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) por gritos homofóbicos dos torcedores brasileiros. Desta vez, os incidentes ocorreram na goleada sobre a Bolívia, no dia 6 de outubro, em Natal. A multa aplicada foi de 25.000 francos suíços (cerca de 83.000 reais), além de um alerta: se o ritmo de punições continuar, o Brasil pode ser obrigado a mudar o local de partidas.

A CBF ainda foi multada em 15.000 francos suíços (49.000 reais) por realizar uma coletiva de imprensa na Venezuela em um local “não oficial”, no dia 11 de outubro. Além do Brasil, Albânia, Kosovo, Croácia, Estônia, Ucrânia, Paraguai, Chile, Argentina e Irã foram punidos nesta quinta-feira por casos diversos de “discriminação”.

Essa é a segunda vez em menos de dois meses que a CBF é punida pelo mau comportamento dos torcedores.  Antes, pagou 20.000 francos suíços pelos gritos homofóbicos em Manaus, diante da Colômbia, em setembro. A multa é uma resposta clara à CBF e à Conmebol diante da tentativa dos cartolas sul-americanos, em outubro, de convencer a Fifa de que os gritos de “bicha” (ou puto, em espanhol), no momento em que o goleiro adversário bate os tiros-de-meta, são “culturais”.

Wilmar Valdez, presidente da Federação Uruguaia de Futebol, confirmou que reuniões foram mantidas para explicar que o uso de certas palavras para ofender o adversários não tinham o caráter de homofobia. A Fifa rejeitou o argumento e promete continuar distribuindo punições.

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Questionada se o argumento “cultural” era válido, a secretária-geral da Fifa, Fatma Samoura, rebateu: “é uma questão de educação e não pode ser autorizada”. “O que posso dizer é que precisamos que as pessoas sejam educadas, mesmo que esteja na sua história, na sua cultura, usar palavras não amigáveis contra o adversário. Isso tem de parar. Para a Fifa a tolerância é zero em relação à homofobia, discriminação racial e discriminação de gênero”, respondeu a delegada da Fifa, uma africana, negra e muçulmana.

Fatma admite que a luta contra esse comportamento é “de longo prazo” e que, além de sanções, um diálogo precisa ser estabelecido com a torcida para convencer os grupos de que se deve falar em respeito. “Sanções não são o único caminho. Tendo experiência na ONU, sou a favor de diálogo. Se sanções fossem as soluções para todos os problemas do mundo, não estaríamos na situação que estamos hoje”, disse.

(com Estadão Conteúdo)

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