Donetsk (Ucrânia), 27 jun (EFE).- Feliz pela classificação para a final da Eurocopa após a vitória nos pênaltis contra Portugal nesta quarta-feira, o técnico da Espanha, Vicente del Bosque, elogiou a atuação defensiva da ‘Fúria’, que não sabe o que é sofrer gols em mata-matas de campeonatos importantes desde a Copa do Mundo de 2006.
O principal elogiado foi o zagueiro Sergio Ramos, eleito o melhor jogador do confronto na Donbass Arena, em Donetsk. Além de ter ajudado a defesa a passar invicta, o jogador do Real Madrid converteu sua cobrança na penalidade com direito a cavadinha, no melhor estilo Antonin Panenka, Loco Abreu e Andrea Pirlo.
‘Sergio advertiu que Rui Patrício caía para os lados em todas as cobranças e optou por bater parecido com Pirlo (nas quartas, contra a Inglaterra). Está na moda agora, fiquei encantado’, declarou o treinador.
‘Foram 90 minutos de superioridade da parte defensiva. Eles tiveram poucas chances de gol e houve certo equilíbrio, que se quebrou um pouco na prorrogação. E depois veio a sorte dos pênaltis. Quero dar meus parabéns à seleção portuguesa, que competiu muito bem e fez um grande torneio’, completou.
Del Bosque reconheceu que Portugal soube anular alguns dos pontos fortes da Espanha e que será preciso evoluir pensando na final.
‘É certo que Portugal segurou muito bem a nossa equipe, assim como seguramos a deles. Temos que melhorar quanto às chances de gol. Fomos melhor com a entrada de Pedro e Navas, e tivemos algumas oportunidades na prorrogação’, comentou o técnico, que destacou o esforço de todo o time para parar Cristiano Ronaldo.
‘Todos os jogadores chegam quase ao limite físico, e Ronaldo não é uma exceção. Todos colaboraram no controle dele. Tivemos principalmente Arbeloa que teve mais contato com ele, mas teve grande ajuda de Piqué e Sergio Ramos. Ele também entrou pelo lado de Jordi Alba, que foi extraordinário’, exaltou.
Assim como alguns atletas, Del Bosque se manteve ‘em cima do muro’ e preferiu não escolher adversário para a decisão do próximo domingo, em Kiev.
‘Entre Itália e Alemanha, o que sair vencedor fará uma excelente final. Não temos nenhuma preferência, que se classifique o que tiver mais mérito’, finalizou. EFE