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Boliviana que não reportou plano de voo da LaMia é denunciada

A funcionária acusada só reportou o relatório sobre o plano de voo no dia seguinte ao acidente, em 29 de novembro

Por Da redação
3 dez 2016, 15h21

A Promotoria boliviana denunciou uma funcionária boliviana da Administração de Aeroportos e Serviços Auxiliares à Navegação Aérea (AASANA) por não reportar a tempo as observações do plano de voo da LaMia que caiu perto de Medellín, na Colômbia, e deixou 71 mortos.

Segundo o jornal de La Paz La Razón, a funcionária não fez nenhuma observação a seus superiores sobre o plano de voo do avião que devia cobrir a distância entre Santa Cruz (Bolívia) e Medellín (Colômbia), onde os jogadores da Chapecoense disputariam a final da Copa Sul-Americana.

De acordo com a denúncia, a funcionária acusada só reportou o relatório sobre o plano de voo no dia seguinte ao acidente, em 29 de novembro.

Neste relatório, a funcionária do Escritório de Notificação dos Serviços de Passagem Aérea da AASANA observou que a autonomia de voo do avião era igual ao trajeto e só estava indicado um aeroporto alternativo de aterrissagem e não dois, como exige a legislação.

Esta circunstância confirmaria que a causa do acidente foi a falta de combustível do avião.

Uma fonte da Promotoria de Santa Cruz explicou que a mulher denunciada ainda não enfrenta acusações específicas, já que a denúncia foi tramitada durante a tarde de sexta-feira e o Ministério Público ainda irá analisá-la.

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Investigação

O governo boliviano anunciou anteriormente que vai investigar a AASANA, o órgão encarregado de supervisionar os planos de voo, e a Direção General de Aeronáutica Civil (DGAC), encarregada da supervisão técnica das aeronaves.

O diretor do registro aeronáutico nacional da DGAC se chama Gustavo Vargas Villegas, enquanto o diretor-geral de LaMia se chama Gustavo Vargas Gamboa. De acordo com a imprensa local, o diretor-geral da LaMia seria pai do diretor da DGAC, suspenso junto a todos as outras pessoas que tinham cargos no organismo desde quinta-feira.

O ministro de presidência, Juan Ramón Quintana, disse hoje em entrevista coletiva que o que lhe chama “poderosamente a atenção” é que o “filho do general Vargas (o diretor-geral de LaMia) seja responsável por outorgar as licenças” e se perguntou se houve tráfico de influência.

Quintana afirmou que investigar essa circunstância é “responsabilidade exclusiva do Ministério Público”.

O presidente da Bolívia, Evo Morales, e o próprio Quintana, viajaram em 15 de novembro no mesmo avião que caiu para cobrir um trajeto entre as cidades do departamento de Beni (norte) de Rurrenabaque e Trinidad, segundo reconheceu o ministro.

Apesar disso, Morales disse ontem que desconhecia que a LaMia fosse uma companhia aérea de matrícula boliviana.

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Um técnico da LaMia que foi um dos sobreviventes do fatal acidente, Erwin Tumiri, chegou hoje à Bolívia pelo aeroporto de El Alto -o mais próximo a La Paz- em um voo de Avianca procedente da Colômbia e viajou depois para Cochabamba, onde vive sua família, segundo os meios de comunicação locais.

O Procurador-geral do Estado, Ramiro José Guerrero, anunciou na sexta-feira pela tarde que convidou seus colegas da Colômbia e Brasil a se reunirem na cidade de Santa Cruz para analisar o acidente.

O avião da companhia boliviana LaMia caiu na noite de 28 de novembro perto de Medellín, um acidente que causou a morte de 71 pessoas entre jogadores, comissão técnica e diretores da Chapecoense, assim como vários jornalistas e tripulantes do avião, enquanto seis pessoas sobreviveram.

(Com EFE)

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