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Bjorkman: “Guga venceu os grandes do saibro. Não foi por acaso”

Derrotado na segunda rodada de Roland Garros em 1997, o tenista sueco hoje se diz feliz por ter participado da campanha vitoriosa de Gustavo Kuerten

Por Alexandre Salvador e Mateus Silva Alves
Atualizado em 28 Maio 2017, 12h46 - Publicado em 28 Maio 2017, 12h37

Jonas Bjorkman foi o segundo a ser derrotado por Gustavo Kuerten na vitoriosa campanha do Aberto da França de 1997, que deu a Guga o primeiro dos três títulos de Grand Slam na carreira. Mesmo com a distância de duas décadas daquela partida em Paris, o tenista sueco lembrou-se de alguns aspectos daquela partida em mensagens de áudio trocadas com a reportagem de VEJA. “Olhando para trás, posso até dizer que fiquei feliz por ter dado a confiança necessária para ele se tornar campeão naquele ano”, revelou Bjorkman.

Apesar da eliminação precoce (afinal, ele era o favorito na partida contra Guga), aquele não foi um ano ruim para Bjorkman. Depois da derrota em Roland Garros, o sueco chegou a vencer outros dois torneios na temporada e encerrou 1997 na quarta colocação do ranking dos tenistas profissionais (sua melhor posição na carreira). Leia abaixo as memórias de Jonas Bjorkman sobre aquela partida contra Guga e sobre sua relação com o brasileiro no circuito.

Como foi aquele Roland Garros, em 1997? Nossa, mas faz 20 anos dessa derrota! Não é tão fácil puxar da memória assim… Bom, se eu me lembro bem Guga e eu jogamos na quadra 3 do complexo. Naquela época eu não o conhecia tanto assim, sabia que era um tenista em ascensão. Eu também tinha tido um ótimo começo de temporada. Estava cheio de confiança, mesmo no saibro, que não era meu tipo de piso favorito.

A derrota foi uma surpresa, então? Sim, fui surpreendido pelo nível em que o Guga estava jogando. Perdi logo de cara os dois primeiros sets, não tive a menor chance. Ele estava acertando tudo, vários winners, com um ótimo saque. Isso acabou me desequilibrando um pouco. Mas até consegui sair do buraco no terceiro (set).

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Você achou que daria para virar a partida? É, estava me sentindo bem, estava voltando para o jogo. No quarto set até tive algumas chances de quebra de saque, mas infelizmente ele acabou fechando em 7/5. E olha que acabei salvando vários match points antes dele conseguir o ponto vencedor.

Ouça abaixo os detalhes do jogo, na voz do técnico Larri Passos:

 

Qual foi a sensação após a partida? Estava p… da vida comigo. Muito decepcionado. Afinal, estava perdendo para um brasileiro meio desconhecido no circuito. No dia seguinte já viajei direto para Londres, para jogar um challenger na grama e tentar esquecer a derrota.

Você assistiu ao restante da campanha do Guga? Depois de uma sessão de treinos assisti ao jogo dele com o (austríaco Thomas) Muster. Aquilo até me deu um certo alívio, pensei comigo mesmo: “Bem, não foi uma derrota tão ruim assim.” Continuei acompanhando os jogos a distância. Foi um prazer vê-lo naquele torneio, como ele conquistou seu primeiro Grand Slam. Ele venceu todos os grandes jogadores do saibro, em partidas de cinco sets e em Roland Garros. Isso não acontece por acaso.

E hoje como você se sente ao fazer parte dessa conquista histórica? Olhando para trás, posso até dizer que fiquei feliz por ter dado a confiança necessária para ele se tornar campeão naquele ano. Me impressionou muito essa trajetória dele, meio se tornando uma grande estrela do dia para a noite. Além, é claro, da grande personalidade que ele tinha. Guga provocou um grande impacto no tênis profissional. Ele era o jogador do coração de vários espectadores. Não era apenas seu jogo que era agradável de se assistir, era seu jeito de ser que o tornava realmente especial. Foi um grande amigo que tive no circuito, jogamos muitos anos juntos, treinamos várias vezes.

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