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Alvo de insultos, Joanna Maranhão desabafa em entrevista ao vivo

'É direito das pessoas não gostarem do meu rendimento. O que ultrapassa os limites é desejar que eu seja estuprada, que a minha mãe morra', disse Joanna

Por Da redação
9 ago 2016, 15h30

Joanna Maranhão desabafou à beira da piscina dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro após ser a última colocada de uma série eliminatória dos 200m borboleta, no início da tarde desta terça-feira. Alvo de insultos em suas redes sociais por causa dos maus resultados, a nadadora pernambucana desabafou em entrevista ao SporTV, recordou o abuso sexual sofrido na sua infância e prometeu recorrer à Justiça.

“É direito das pessoas não gostarem do meu rendimento. Todo o mundo quer que um atleta brasileiro esteja no pódio, mas nem todo o mundo compreende a competitividade da natação. Isso é compreensível. O que ultrapassa os limites é desejar que eu seja estuprada, que a minha mãe morra, que um bandido me mate, que eu me afogue, falar que a história da minha infância foi inventada para estar na mídia. As pessoas se sentem seguras atrás de um computador”, reclamou Joanna.

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A história à que Joanna se refere foi revelada em fevereiro de 2008. Na época, a atleta acusou Eugênio Miranda, um ex-treinador, de abuso sexual, e o caso ganhou grandes proporções – até uma lei federal com o nome da nadadora chegou a ser aprovada, com alterações nas regras sobre a prescrição dos crimes de pedofilia e estupro praticados contra crianças e adolescentes.

Segundo Joanna, ela é uma vítima corriqueira de perseguição virtual por causa dos seus posicionamentos fortes. “Falo muita coisa que outros atletas não falam”, apontou. “Mas, quando a situação passa para a minha infância, para o desrespeito para com as mulheres ou por eu ser do Nordeste, tomo as medidas jurídicas”, avisou.

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Além de ter participado das eliminatórias dos 200m borboleta, Joanna Maranhão competiu nos 200m medley (foi a penúltima colocada de sua série, na segunda-feira) e nos 400m medley (ficou na terceira posição da sua série e, assim como as duas competidoras que estavam à sua frente, não obteve índice para avançar à final). “Não sei quatros atletas temos na delegação do Brasil, mas o dobro ou o triplo queriam estar aqui e não conseguiram”, orgulhou-se.

Joanna Maranhão não é a primeira atleta olímpica brasileira que sofre com insultos pesados na internet em função de um fracasso. Primeira medalhista de ouro do País nos Jogos do Rio de Janeiro, a judoca Rafaela Silva foi alvo de racismo depois da desclassificação em Londres 2012.

(Com GazetaPress)

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