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Adriano, o novo risco para o Corinthians

Atacante pode assinar contrato até o fim do ano nesta sexta-feira. Ao clube resta torcer para que ele se afaste de confusões fora de campo

Por Da Redação
24 mar 2011, 12h11

Se a contratação de Ronaldo no final de 2008 foi um risco assumido pelo Corinthians – e que deu muito certo -, a negociação com o atacante Adriano tem um teor muito mais alto de explosão. Menos pela parte física, como era o caso de Ronaldo, e muito mais pela disciplinar -fora de campo – do atacante canhoto, chute forte, arrancada rápida, quase 1,90 metro, perto dos 100 quilos, apelidado de Imperador nos tempos em marcava muitos gols pela Inter de Milão.

Roteiro de confusões

Dez/2006: Sai à noite e não aparece no treino da Inter de Milão no dia seguinte.

Mar/2007: Aparece em fotos publicadas por uma revista italiana bebendo champanhe no gargalo, em festa de aniversário, numa boate de Milão.

Mar/2007: Acompanhado doom o jogador de basquete Rolando Howell, se envolve em briga na boate Hollywood, em Milão.

Dez/2007: Jogando pelo São Paulo, curte folga no Rio e assiste ao show da banda Jota Quest, com latinha de cerveja na mão.

Fev/2008: Chega atrasado ao treino do São Paulo e deixa o CT antes do final das atividades. Foi multado em 40% do salário.

Out/2008: De novo na Inter, fica até 4h30 em uma casa noturna em Milão. A noitada irrita o técnico José Mourinho, que o tira do time.

Mar/2009: Fica até 2h em festa em Milão. No dia seguinte, treina mal e fica no banco. Insatisfeito, pega um jatinho e vai descansar em seu iate.

Nov/2009: Na semana da partida decisiva contra o Corinthians, pelo Brasileirão, queima o pé ao subir na garupa de uma moto.

Mar/2010: Participa de um baile funk no Alemão, briga com a noiva Joana Machado – que estraga carros de seus amigos – e é acusado de amarrá-la numa árvore. Em abril, o namoro termina.

Mai/2010: De saída do Flamengo, é fotografado segurando uma metralhadora ao lado de um traficante na Vila Cruzeiro, onde foi criado.

Set/2010: No banco de reservas da Roma, em partida contra a Inter, se recusa a entrar em campo contra o ex-time, sem revelar a razão.

Jan/2011: Desembarca no Rio para se recuperar de uma operação no ombro. É flagrado bebendo cerveja numa churrascaria. Ainda no Rio, é parado por uma blitz da Lei Seca na Barra da Tijuca. Com sinais de embriaguez, se recusa a fazer teste do bafômetro, perde a carteira de habilitação e recebe multa de 957,70 reais.

Fev/2011: Chega ao Brasil no dia 7 para tratar lesão no ombro. Deveria se reapresentar à Roma no dia 20, mas cancela três vezes o voo e chega com quatro dias de atraso.

Mar/2011: Irritada com as ausências do atacante, a Roma rescinde contrato com Adriano.

A expectativa é que um contrato “de risco”, baseado em performance dentro de campo, seja assinado até esta sexta-feira. “Apalavrado” com o Corinthians – provavelmente via Ronaldo -, o atacante pode ficar no clube até dezembro. Por causa dos compromissos listados no contrato, a diretoria corintiana nega acordo, por receio de que o negócio possa ruir por causa da instabilidade emocional do atleta.

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Nos últimos cinco anos, Adriano se envolveu em várias confusões, noitadas, associações a criminosos, e sempre ligadas à bebida – chegou a confessar na televisão que tinha problemas em controlar o copo.

Carreira – Adriano começou sua carreira no Flamengo, na categoria juvenil, em 1999. Um ano depois, foi promovido ao time profissional pelo então técnico Paulo César Carpegianni. Na sua estreia, na vitória por 5 a 2 contra o São Paulo, marcou um gol e deu passe para outros três. Tudo isso em apenas 45 minutos em campo. Os sete gols marcados em 18 partidas chamaram a atenção de Emerson Leão, ex-técnico da Seleção Brasileira, que convocou o jogador para a partida contra a Colômbia, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo.

Convocado para a seleção sub-20, que disputava o Sulamericano, Adriano foi negociado com a Internazionale, em uma transação que envolveu o volante Vampeta para o clube carioca.

Estreou pela Inter em agosto de 2001, em um amistoso contra o Real Madrid. Entrou aos 37 minutos do segundo tempo e marcou o gol da vitória. Com dificuldades de adaptação, o jogador fez apenas 14 jogos pela equipe nos primeiros cinco meses e foi emprestado para a Fiorentina, voltou a Inter e foi para o Parma.

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Depois de marcar oito vezes em nove partidas pelo Campeonato Italiano, a Inter recontratou o jogador por 19 milhões de euros. Conquistou duas vezes a Copa Itália e quatro vezes o Campeonato Italiano.

Em 2006, perdeu o pai e ficou a temporada toda sem marcar. A mãe revelou que ele entrou em profunda depressão e pensou em abandonar a carreira – e até em suicídio. Com problemas de disciplina e de peso, foi afastado e emprestado, por seis meses, para o São Paulo – em 27 jogos, marcou 18 gols.

De volta à Inter de Milão, desapareceu em abril de 2009 e algumas semanas depois rescindiu seu contrato. Voltou ao Brasil, anunciou aposentadoria, mas em agosto, assinou contrato com o Flamengo. Foi campeão brasileiro e artilheiro da competição.

Após a eliminação na Copa Libertadores, em 2010, voltou à Itália para defender a Roma, mas em quase um ano jogou apenas oito partidas em torneios na Europa e não fez gol – marcou apenas um em amistoso. No início de março, rescindiu contrato com a Roma.

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