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‘Rua Cloverfield, 10’: quando J.J. Abrams encontra Hitchcock

Filme de suspense triunfa ao criar atmosfera de medo e dúvida, com um possível apocalipse, em um cenário limitado, com apenas três personagens

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 27 out 2017, 17h40 - Publicado em 7 abr 2016, 10h55

Existem filmes que atropelam o espectador. Como fez recentemente o ousado Mad Max: Estrada da Fúria ao desorientar os sentidos e deixar um longo impacto na mente do público, mesmo fora da sala de cinema. Em um cenário mais modesto e com apenas três atores, Rua Cloverfield, 10 causa um efeito parecido. Dirigido pelo estreante Dan Trachtenberg e produzido pelo veterano J.J. Abrams, o longa, que chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, lança mão de um roteiro com fundo hitchcockiano para desenvolver um suspense provocativo, daqueles que causam o medo do tipo bom – também conhecido como frio na barriga. É difícil tirar os olhos da tela, do começo ao fim.

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A trama começa com Michelle (Mary Elizabeth Winstead), que decidiu abandonar seu namorado. Ela deixa o anel de compromisso em cima de uma bancada antes de sair de casa com uma caixa e uma garrafa de bebida alcoólica. Enquanto dirige à noite, ela sofre um acidente. Quando desperta, está em um quarto estranho, recebendo tratamento, e com sua perna presa em uma corrente ligada à parede.

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Logo ela conhece Howard (John Goodman, ótimo), que sai do papel de sequestrador quando afirma, na verdade, ser o salvador da moça. Segundo ele, o mundo sofreu um ataque e toda a humanidade foi dizimada, exceto os presentes ali no abrigo subterrâneo construído por ele, embaixo de sua fazenda. Claro que ela não aceita a conversa surreal, até conhecer o terceiro elemento, Emmett (John Gallagher Jr.), um rapaz que ajudou a construir o bunker e que teria visto o misterioso ataque. Muito acontece a partir daí. E esse texto se recusa a dar mais spoilers.

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O que pode ser dito é que os três atores, em seu diminuto espaço, fazem um ótimo trabalho ao criar um ambiente de constante temor e dúvida. Será que realmente o mundo lá fora não existe mais? Estar em um local seguro no fim do mundo com dois estranhos é uma boa opção – mesmo se for a única? As respostas surgem aos poucos, e logo outras dúvidas se levantam.

A atmosfera de pesadelo é, até o momento, a única coisa que liga Rua Cloverfield, 10 com o filme de 2008 Cloverfield: Monstro, também originado na produtora de J.J. Abrams. No primeiro longa, jovens nova-iorquinos são surpreendidos, durante uma festa, quando a cidade americana é alvo do ataque de um monstro gigantesco. Toda ação é filmada por uma câmera amadora, que gravava o encontro entre amigos antes de virar testemunha da catástrofe.

Seja para registrar uma criatura prima do Godzilla, ou para evidenciar a monstruosidade do próprio ser humano, a franquia Cloverfield usa com esmero aquela criatividade rara, que deixa sem pudores os espectadores despertos à noite. Uma mistura de Hitchcock com J.J. Abrams. Tem como ficar melhor?

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