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Ronald Rios sobre demissão: ‘Universal compra horário na Gazeta’

Jornalista teve seu programa cancelado na emissora depois de fazer uma piada com Edir Macedo

Por Meire Kusumoto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 28 set 2016, 19h05 - Publicado em 28 set 2016, 16h59

Demitido da TV Gazeta em julho, após fazer uma piada com Edir Macedo, dono da Record e bispo-mor da Igreja Universal, em seu programa A Semana, o jornalista e ex-CQC Ronald Rios culpa o acordo comercial que a igreja possui com a emissora pela sua dispensa. “Fizemos uma piada zoando o Edir Macedo, baseado numa matéria clássica do Jornal Nacional. A Universal compra horário na Gazeta. Fomos cancelados três dias depois”, diz.

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No segmento, Rios comentava uma notícia de que a Record negociava fazer uma série e um filme sobre Suzane von Richthofen. Ao final, ele exibiu um trecho de uma reportagem do JN que mostrava Edir Macedo “ensinando” os pastores de sua igreja a incentivar os fiéis a doarem dinheiro para a instituição. O vídeo foi tirado do ar do site e do canal no YouTube da Gazeta, mas foi resgatado nesta terça-feira pelo colunista Mauricio Stycer, do portal Uol.

A Gazeta nega que o cancelamento do programa e a demissão de Rios estejam relacionadas com a Igreja Universal. “O projeto A Semana não foi bem avaliado pela emissora, que tinha restrições artísticas ao produto e decidiu descontinuá-lo”, disse o canal em comunicado. Rios afirma que o programa tinha elevado a audiência da Gazeta, que fica entre 0,2 e 0,5 pontos. “A gente levava pra 0,8 constantemente”, diz. “E era o programa mais assistido deles no YouTube.” Procurada pelo site de VEJA, a emissora diz que audiência não foi a questão – e que não costuma cobrar audiência de seus programas.

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“O apresentador foi comunicado e reagiu de forma destemperada à notícia, não deixando espaço para uma conversa que poderia ter resultado na produção de outro produto. Diante disso, o contrato foi denunciado e rescindido com fiel cumprimento das cláusulas pactuadas”, continua a Gazeta no comunicado, ao que Rios responde que isso é “mentira, calúnia e difamação”.

O jornalista diz também que nunca foi avisado que não poderia fazer piada com Edir Macedo e que não puniram mais ninguém que deveria ter visto o VT antes de ir ao ar. “Eu recebi a notícia do cancelamento em uma terça. Fui para casa. Estava esperando até sexta para ver se iríamos fazer algo. Novamente, o diretor do núcleo me chamou só pra dizer ‘não’. Isso porque já tínhamos combinado que eu faria a segunda temporada do Historias do Rap Nacional. Já estava acertado, apalavrado. Mas a palavra deles cada dia vale menos.”

Desde a demissão, Rios afirma que recebeu convite de outros canais para discutir propostas. “Conversei, achei tudo ruim e sem garantia de liberdade. Então decidi me aposentar (da TV). Melhor morrer de pé que viver de joelhos.”

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