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“Romeus robóticos”, dupla Chromeo é atração empolgante do festival Sónar

Dupla toca na sexta-feira, primeiro dia do festival que acontece também no sábado, no complexo Anhembi, em São Paulo

Por Carol Nogueira
10 Maio 2012, 12h11

Uma das atrações mais empolgantes do festival Sónar, que acontece nesta sexta-feira e no sábado em São Paulo, no Anhembi, a dupla canadense Chromeo faz pela primeira vez um show de verdade no Brasil. Há dois anos, os amigos Dave 1 e P-Thugg desembarcaram no país para tocar em uma festa somente para convidados, e prometeram voltar com seu show completo. Por completo, entenda, com suas dançarinas, as famosas “chromettes”. “Eu estava fazendo aulas de canto com uma professora e percebi que seria muito legal ter um coral feminino de vozes para dar ênfase a nossas músicas”, disse Dave ao site de VEJA. “A ideia era ter garotas como as de Robert Palmer (cantor inglês de Addicted to Love)“, explica o músico. Segundo ele, a ideia é apenas reforçar a aura brega que envolve a dupla cujo som poderia ser classificado como electrofunk – uma mistura de música eletrônica com o funk dos anos 80.

Admirador confesso de artistas bregas, como Palmer e Hall & Oates, Dave conta que gosta de dar esse aspecto às músicas. “Ser cafona não é ruim, é divertido”, diz. O nome da dupla segue o mesmo raciocínio. “Chromeo é ‘Chrome Romeo'”, na definição da dupla, um amante (Romeu) robótico. E a “breguice” se estende em músicas canastronas como Bonafied Lovin’. “Eu gosto de títulos que soem exagerados”, diz Dave. O irônico é ver ele e P-Thugg, dois nerds convictos (Dave, aliás, em breve terá um PhD em literatura francesa), cantando frases como “Eu vou te dar amor de verdade/ Do tipo que me faz sentir mais velho.”

Atualmente trabalhando em um disco novo – o último foi Business Casual, lançado em 2010 – a dupla não garante que vá tocar músicas inéditas. “Já temos algumas músicas prontas, estamos gravando e o álbum deve ficar pronto em 2013. É mais feliz, dançante e para cima do que o anterior, um pouco como nosso segundo disco, Fancy Footwork, de 2007″. Foi com esse trabalho, aliás, que a dupla fez fama, e principalmente na internet.

Leia abaixo a entrevista com Dave 1, da dupla Chromeo.

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Da última vez que nos falamos, em 2010, você lecionava aulas e estava para terminar seu PhD. Ainda dá aulas? Já terminou o PhD? Então, parei de dar aulas e ainda não consegui terminar, porque depois que lançamos Business Casual foi uma loucura, fizemos muitos shows ao redor do mundo, festivais. Cara, como fazer turnê é cansativo. Agora, estou pensando em voltar para a universidade e terminar. Só falta um capítulo.

Vocês já fizeram muitas parcerias com marcas. Uma montadora de automóveis trouxe vocês para cá da outra vez, uma cervejaria lançou o disco, uma marca de celulares bancou o projeto do “disco mais curto do mundo”. Como isso funciona para vocês? É o melhor dos mundos. Quando tivemos a ideia para esse projeto, Drive Time, queríamos fazer um disco de apenas 183 segundos. Primeiro, procuramos nossa gravadora, mas é claro que eles não se interessaram em bancar isso. Então, fomos atrás de quem pudesse se interessar e apareceu essa marca de celulares. Mas é melhor assim, porque não há o controle da gravadora. Podemos fazer o que quisermos e a marca ganha credibilidade, é uma situação em que todo mundo ganha. Muita gente nos critica porque estamos “nos vendendo”, mas, na verdade, estamos usando as marcas para subverter o sistema (risos).

Já faz dois anos que vocês lançaram o último disco, Business Casual. Já estão gravando um novo? Já, sim. Passamos algum tempo em um estúdio de gravação no fim do ano passado e conseguimos pensar em algumas coisas boas. Pretendemos lançar esse em 2013, o que dá uma média boa de uns três anos entre cada disco nosso. Acho que esse é um tempo razoável para vocês não sentirem tanta saudade da gente e conseguirmos fazer algo legal para os fãs. (risos) Esse disco vai ser mais parecido com o nosso segundo, Fancy Footwork. É mais alegre, mais dançante, mais “para cima”.

Da última vez em que estiveram aqui, não puderam trazer as chromettes (dançarinas) e as pernas falsas de mulher que vão abaixo dos teclados – elas ficaram presas na alfândega. Vão conseguir trazer tudo isso desta vez? Vamos, claro. Sem isso, não fazemos nosso show. (risos) As chromettes somaram muito à nossa apresentação ao vivo. Nem consigo lembrar como era sem elas. Eu estava fazendo aulas de canto com uma professora e percebi que seria muito legal ter um coral feminino de vozes para dar ênfase a nossas músicas. A ideia era ter garotas como as de Robert Palmer. E o resultado não poderia ser melhor.

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