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‘Quando vi que se não bebesse não estava legal, percebi que estava doente’, diz Hudson

Em dia de divulgação da nova turnê e álbum, o sertanejo da dupla Edson & Hudson falou sobre seus problemas como o álcool e as drogas, que levaram o cantor a ser internado em uma clínica de reabilitação por sete meses

Por Rafael Costa
21 out 2014, 20h07

Frustrações e tragédias pessoais muitas vezes acabam servindo de estopim para que uma pessoa opte por caminhos enganosos para anestesiar a dor, como as drogas. No meio artístico, a situação é potencializada pelos holofotes e inúmeros compromissos com fãs, imprensa e profissionais da indústria fonográfica. No caso do sertanejo Hudson, que recebeu alta de uma clínica de reabilitação no final de setembro, o suicídio de sua mulher, Larissa, em 2012, intensificou o consumo de substâncias tanto lícitas quanto ilícitas. De lá para cá, além das consequências físicas, o cantor passou por problemas com a polícia e chegou a ser preso por porte de armas e drogas.

“No momento em que eu vi que a coisa realmente já não era mais social, que, se eu não bebesse alguma coisa eu não estava legal, percebi que eu estava doente e que eu precisava me tratar”, conta ao site de VEJA o cantor, que diz ter chegado a consumir um litro de uísque e de vodca por dia e ser levado ao hospital inúmeras vezes após sofrer overdoses. “Se você tem o sonho de realizar alguma coisa e consegue, as pessoas pensam que não existe problemas, o que é um engano”, diz Hudson, que também atrela o vício aos holofotes e à rotina dos músicos. “Na fama você sofre muito com relação a não ficar em casa, afastado da família, o que gera frustração. E as pessoas querem anestesiar a dor bebendo, usando drogas, o que eu não aconselho.”

A dupla concedeu uma entrevista coletiva nesta terça-feira em São Paulo para anunciar nova turnê e divulgar o álbum De: Edson Para: Hudson, produzido e composto quase que integralmente por Edson. A participação do irmão no décimo nono trabalho da carreira aconteceu dentro da própria clínica onde estava internado, com um estúdio provisório montado para que ele gravasse a voz. “Foi um diferencial naquele momento de isolamento que eu estava vivendo, ajudou na minha recuperação, me fez sentir útil”, conta o sertanejo, que compôs a inédita Amor de Jesus enquanto estava em fase de recuperação.

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Hudson, apesar de se dizer preparado e ansioso pela nova fase da dupla, admite que tem medo de sofrer uma nova recaída. “Sou ser humano e todo ser humano é apto a falhas. Mas acho que o próprio medo vai me manter a afastado de tudo isso, porque o pesadelo foi muito grande”, afirmou. O “pesadelo” de ficar à beira da morte e ser isolado da família e do mundo enquanto estava internado, ao menos, serviu como aprendizado. “Reaprendi a dar valor a coisas que eu não dava importância quando estava na lama, como família, trabalho, filhos, esposa. Hoje enfrento os problemas com mais clareza, o que antigamente eu anestesiava na bebida.”

Edson & Hudson iniciam a turnê Conectados no dia 4 de novembro em São Paulo, que deverá ser sucedida por cerca de 150 apresentações. Na nova fase, além das canções inéditas, a dupla pretende levar aos palcos um exemplo ao público. “A gente não está aqui pra proibir ninguém de beber socialmente, mas dizer que pra nós não deu certo. A gente serve de exemplo às pessoas que, como nós, não têm domínio e deixam escapar a situação das próprias mãos”, diz Edson. “Eu agradeço todos os dias pelo meu irmão estar bem, diferente de outros casos que a gente conhece que não conseguiram”, completou.

Edson & Hudson
Edson & Hudson (VEJA)
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