Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Problema de ‘Felizes para Sempre?’ é o didatismo das perguntas

Interrogações pipocam no começo e no fim do capítulo, como um professor de escola que tenta conduzir a classe a uma reflexão

Por Maria Carolina Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 6 fev 2015, 18h46

Felizes para Sempre?, série em que Euclydes Marinho faz uma releitura de Quem Ama Não Mata, minissérie escrita por ele mesmo para a Globo, em 1982, termina nesta sexta-feira com um assassinato e a certeza do dever cumprido — além, é claro, da recauchutagem da carreira de Paolla Oliveira, que para muitos superou o estigma de mocinha e mostrou, como garota de programa, mais do que Sandy fez como devassa.

Leia também:

Com fio dental, Paolla Oliveira desbanca gringas nas redes

Aulão de agachamento com Paolla Oliveira já tem 44.000 ‘inscritos’

Quanto Drama!: Cláudio Drummond é o nosso Frank Underwood

Com uma fotografia primorosa, um elenco afinado e uma edição afiada — a cena desta quinta-feira em que o casal Claudio (Enrique Diaz) e Marília (Maria Fernanda Cândido) discute na cozinha de casa, depois de ela saber que ele teve um filho fora do casamento, com falas que se sobrepõe o tempo todo, foi incrível –, Felizes para Sempre? recoloca a Globo na ponta entre as emissoras abertas. Não há, é fato, nenhuma que se equipare a ela em termos de qualidade, e justamente graças a atrações como essa.

Continua após a publicidade

Seria tudo perfeito, não fosse um único problema: as perguntinhas que teimam em reduzir o olhar do espectador. Elas começam no título, que a narração da Globo demorou em ler direito: talvez por bom gosto, o locutor do canal lia “Felizes para Sempre” sem interrogação, nas primeiras chamadas. E continuam episódio a episódio, inundando de didatismo, quando não de moralismo, um texto que prescinde disso tudo. Elas pipocam no começo e no fim do capítulo, como um professor de escola que tenta conduzir a classe a uma reflexão — “Vamo lá, turmá: ‘Quem ama trai?’ e ‘O crime compensa?’.

Difícil entender porque, numa série em que até Paolla Oliveira deu sinais de superação, a Globo precisa ceder a um recurso capaz de reduzir o brilhantismo de um projeto. A história é ótima, bem escrita e bem montada. Faz pensar por si, e com mais liberdade quanto menos se leem as interrogações.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.