Orival Pessini, criador do Fofão e do Patropi, morre aos 72 anos
Ator participou recentemente da adaptação para os cinemas de 'Carrossel', do SBT
Morreu na madrugada desta sexta-feira o ator e diretor Orival Pessini, mais conhecido como criador do personagem Fofão, que atuou com o grupo infantil Balão Mágico, e também sozinho, à frente de programas infantis nos anos 1980 e 90. Pessini, que recentemente participou da adaptação para os cinemas da novelinha Carrossel, do SBT, tinha 72 anos e lutava contra um câncer. Ele estava internado no Hospital São Luiz do Morumbi. Segundo seu empresário, Alvaro Gomes, o velório e o enterro serão realizados no mesmo bairro, no cemitério do Getsêmani, a partir das 12h30.
Orival Pessini nasceu em Marília, interior paulista, em 6 de agosto de 1944. Depois de uma passagem pelo teatro amador, iniciou carreira profissional aos 19 anos, já na área infantil, na TV Tupi, no programa Quem Conta um Conto. Desde o começo, esteve envolvido com a criação e manipulação de bonecos, atividade que desempenhou em comerciais como o do jarrão da K-Suco e o da marca de cereais Kellogs, que era estrelado por um tigre.
Nos anos 1970, dois de seus personagens, os macacos Sócrates e Charles, ganharam grande popularidade no programa Planeta dos Homens, da Rede Globo. A atração foi transmitida de 1976 a 1982. No ano seguinte, Orival criou o Fofão para o programa Balão Mágico, infantil de enorme sucesso, exibido pela Globo até 1986, ano em que Pessini migrou para a Bandeirantes e lançou o TV Fofão, no ar por três anos.
Pessini também atuou em programas adultos: em 1988, enquanto comandava o TV Fofão, estreou o personagem Patropi no programa Praça Brasil. Estudante de comunicação da PUC, o Patropi era uma figura atrapalhada, que estava há oito anos tentando passar para o segundo ano de faculdade, e soltava pérolas como “E, para compensar que cheguei atrasado, vou sair mais cedo” e “Meu, daria para me incluir fora dessa?”.
Em 1989, ano em que deixou a Band, foi contratado pelo SBT para integrar o elenco do humorístico A Praça É Nossa, onde fez também o locutor Juvenal. No SBT, nasceria uma amizade com Silvio Santos que duraria até o fim — e o levaria a Carrossel – o Filme.