Se pudesse ter escolhido, Fernanda Takai gostaria de cantar com a força de Clara Nunes. A natureza, no entanto, lhe deu uma voz miudinha – e a obrigou a procurar outras referências. Nos shows, era com esforço que ela dava conta das canções mais barulhentas. Mesmo assim, seu vocal suave se impôs e se tornou uma marca de sua banda, o Pato Fu.
Escutar a interpretação de Fernanda para músicas como Ben, do repertório de Michael Jackson, pode ser uma experiência reveladora: descobre-se que não é preciso se esgoelar como um calouro do American Idol para transmitir emoção.
As cantoras de voz pequena têm algo a dizer no cenário pop atual � e o dizem bem. É o caso da primeira-dama francesa Carla Bruni. Os superagudos de uma Whitney Houston ou de uma Celine Dion distorcem as letras e banalizam o sentimento. A voz contida, porém, tem maleabilidade para dar às palavras seu significado emocional preciso.
Leia a reportagem completa em VEJA desta semana (na íntegra somente para assinantes).