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O pobre retorno dos Backstreet Boys ao Rio

Depois de um mega show no Maracanã em 2001, banda volta ao Rio sem músicos, dançarinos e uso excessivo do playback. Apresentação desleixada não impede catarse coletiva de fãs dispostos

Por Thiago Prado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 9 jun 2015, 17h06

Goste-se ou não, é impossível negar a relevância dos Backstreet Boys para a música pop. Foram 130 milhões de álbuns vendidos em 22 anos de carreira, uma fileira de hits nas principais paradas do planeta e legiões de fãs treinados em passinhos e letras que grudam feito chiclete — quem não reconhece refrões como “Everybooooody” ou “Tell me whyyyy”?.

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Relevância nesta indústria, no entanto, nem sempre é sinônimo de qualidade. Ainda mais na hora de se apresentar ao vivo. No show realizado nesta segunda-feira no Citibank Hall, no Rio, pela turnê In a World Like This, a boyband mais famosa de todos os tempos decepcionou. É verdade que as 8 000 fãs histéricas — que de tanto gritar abafavam o som do palco dezenas de vezes — foram presenteadas com todos os sucessos do grupo, como Quit Playing Games with my Heart, As Long as You Love me e I Want It That Way. Por outro lado, imperou no palco a falta de gogó e o bom e velho playback. Nem banda com baixo, guitarrista e bateria havia. Era como se Nick Carter e companhia tivessem sido convidados para uma festa em que um grande karaokê tocava as músicas. Tudo muito diferente do show para cerca de 45 000 pessoas no Maracanã, em 3 de maio de 2001 (Link abaixo). “Voltem aos 15 anos nesta noite”, pediam os Backstreet Boys, como se pedissem para as fãs se imaginar no Maracanã.

É abissal a diferença para o rumo tomado pela carreira de Justin Timberlake, ex-líder do N’ Sync — no fim dos anos 1990, a única boyband a realmente “rivalizar” em importância com os Backstreet Boys. Há dois anos, Timberlake trouxe seu show solo para o Rock In Rio e simplesmente arrebentou. Com uma banda afiada e melodia sofisticada, hoje alça voos ainda maiores do que os antigos concorrentes, a ponto de cravar seu nome no panteão dos grandes do pop contemporâneo. Suas apresentações atuais não contemplam nenhuma música dos tempos de N’ Sync.

É bem verdade também que quem esteve no show desta terça pouco se importou com a ausência de evolução profissional dos Backstreet Boys. E ainda sobrou carisma e educação do grupo para lidar com a plateia pouco exigente. Os integrantes da banda — A. J. McLean, Howie Dorough, Kevin Richardson, Brian Littrell e Nick Carter — foram carinhosos com o público, distribuindo sorrisos e um punhado de frases clichês (“Rioooooooo”, “We love youuuuuu”). Cada fala sempre acompanhada de sonoros “Urruuuuu”. Bandeiras e camisas do Brasil também foram ferramentas utilizadas para criar uma atmosfera favorável.

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No único momento em que se saiu um pouco do roteiro previsível, os Backstreet Boys simularam uma espécie de acústico – tocando violão e instrumentos de percussão. “Elas só querem nos ver rebolar”, brincou Kevin, desvalorizando o novo talento do grupo. Brian, o “extrovertido” da banda, aproveitou para perguntar aos fãs: “Daqui a 22 anos, vocês continuarão conosco?”. “Siiiiiiiiim”, respondeu o público, certamente sem se dar conta de que, com exceção de Nick, todos os Backstreet Boys hoje já passaram dos 40 anos. Será mesmo que, ao virarem sessentões, esses marmanjos continuarão rebolando e cantando as mesmas músicas? Haja fidelidade dos fãs para viver esse momento.

Próximos shows:

Nesta terça: Belo Horizonte

Dia 11: Rio de Janeiro

Dia 12 e 13/06: São Paulo

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Dia 15: Porto Alegre

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