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O novo belo horizonte de BH

Como os bares, eventos e os próprios frequentadores transformaram a Rua Sapucaí, no bairro Floresta, no lugar mais legal da cidade

Por Abril Branded Content
Atualizado em 19 out 2017, 11h00 - Publicado em 19 out 2017, 11h00

A revitalização de áreas urbanas degradadas não é novidade. Nas últimas décadas, regiões próximas de rios como o Tâmisa, em Londres, e o Cheonggyecheon, em Seul, passaram por processos de restauração que transformaram as cidades. Berlim, capital da Alemanha, é outro exemplo de cidade que conseguiu dar novos significados a bairros por meio da ocupação popular. No Brasil, muito dinheiro tem sido investido na reurbanização da zona portuária do Rio de Janeiro, que inclui a construção de museus, ciclofaixas e outros ambientes de convivência e circulação. Belo Horizonte passa por processos parecidos. Em parceria com o #hellocidades, plataforma de Motorola que incentiva a reconexão pessoal através das cidades com o uso consciente da tecnologia, investigamos esse processo de revitalização em uma das vias mais antigas da capital mineira.

A Sapucaí possui uma arquitetura singular: é uma rua elevada, com edificações apenas em um dos lados. Do outro, oferece um panorama do centro histórico da cidade. Há pouco mais de cinco anos, era uma região com alto índice de assaltos e muitos imóveis comerciais estavam fechados.

A transformação da Rua Sapucaí ocorreu no mesmo período em que se deu o processo de revitalização do chamado baixo centro, que inclui movimentos como o crescimento do Carnaval de rua de BH, a constante ocupação cultural da Praça da Estação, e o duelo de MCs na parte de baixo do Viaduto Santa Tereza, que fortaleceu a cultura hip hop e a ocupação do espaço público.

“Comecei a frequentar a Sapucaí quando me mudei para lá no final de 2013. Nessa época, tive receio e pesquisei sobre a região, ainda me parecia uma rua escura e perigosa. Mas quando visitei o apartamento com aquela vista sensacional, soube que ia morar lá. É tipo a vista do mar de Belo Horizonte mesmo”, conta Carol Abreu. Para a musicista, a mureta que dá vista para a Praça da Estação e a região do baixo centro é um perfeito substituto para a praia no centro de Minas.

Empreendedorismo e boemia

Massimo Battaglini, sócio fundador da Salumeria Central, o primeiro restaurante da rua, aberto em 2012, e embrião no processo de ressignificação do espaço também constata: “Tive a impressão instantânea e muito clara de que era um lugar especial. A pergunta que resta é ‘como toda esta beleza não foi descoberta antes?’”

Hoje, Massimo e seus sócios possuem também o restaurante Pecatore, na mesma rua. A respeito crescimento do comércio ao redor, que hoje conta com mais cinco estabelecimentos, ele comenta com satisfação: “Ainda estamos descobrindo o potencial da região. Espero que o caminho se mantenha certo com esses comerciantes interessados, que têm uma proposta bacana.”

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Botequim Sapucaí ajuda a atrair para a região pessoas que nunca cruzaram o Viaduto Santa Tereza (Christoph Reher/Divulgação)

Um dos estabelecimentos responsáveis por manter a constante agitação é a Benfeitoria. O lugar atrai o público mais jovem e alternativo que, com o cair da tarde, toma conta rua da Sapucaí. A Benfs, como é conhecida entre os mais íntimos, funciona como um café e espaço de coworking durante o dia e, a partir das 17h, tem uma programação cultural intensa que inclui desde lançamentos de livros, seminários, shows, até o happy hour mais animado da cidade às sextas-feiras.

Nos fins de semana, são realizados eventos especiais como feiras de artesanato, festivais e festas temáticas. Carol, que toca na banda Djalma Não Entende de Política, revelação no cenário musical mineiro, relembra saudosa uma ação da Benfeitoria. A empresa cobriu a rua de grama e promoveu um piquenique aberto a todos em 2015. “No dia, amanheceu chovendo muito. Mesmo assim a equipe de lá não desanimou. Eles se uniram para montar a grama. O piquenique aconteceu com chuva e tudo, vi criança rolando na grama e na lama! Minha banda tocou no dia e foi muito especial e divertido participar disso tudo”, diz.

Rua é lugar de gente

Mais recentemente, o C.U.R.A., Circuito Urbano de Arte — evento que promoveu, em agosto de 2017, a produção de painéis de grafite gigantes que agora enfeitam cinco edificações do centro da cidade — transformou a Sapucaí no primeiro mirante de arte de rua do mundo.

Os dois parklets instalados ao longo da via reforçam a ideia de que a ocupação do espaço público pelas pessoas é vocação da rua. Cláudia e Laura Lopes, irmãs e sócias no restaurante Gruê, escolheram a localidade pela significação que viam ali: “A nossa vontade era proporcionar a experiência de poder atravessar a rua e apreciar uma taça de vinho curtindo a vista. Sempre vimos a Sapucaí como uma grande varanda.”

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A sintonia entre os comerciantes também contribui para esse grande sucesso. Todos concordam que um maior potencial pode ser atingido se o trânsito de veículos for impedido e a rua se tornar exclusiva para quem deseja curtir a vista sem preocupações. Juntos, os restaurantes e bares já realizaram eventos com a rua fechada com grande sucesso de público.

Foi o caso da Rota Junina, quando as casas se juntaram em uma festa junina na rua, em junho de 2017. Gustavo Castro, um dos sócios do Dorsé, bar que possui duas concorridas bancadas com vista para a rua, revela que não vê os outros como concorrentes. “Deixando a via livre para a circulação das pessoas, elas passeiam com calma e depois escolhem um dos estabelecimentos para curtir o famoso pôr do sol. Nosso interesse de trazer o público para cá é comum. Temos uma relação de parceria [com o Gruê], trocamos mercadorias, insumos e fornecedores”, conta.

Carnaval de rua lota a área. À direita, os trilhos da Estação Central passam sob o Viaduto Santa Tereza (Rafael Sette Câmara/Divulgação)

O bar mais novo da região é o Botequim Sapucaí, que tem vista para o Viaduto Santa Tereza. Alfredo Lanna, um dos proprietários, reforça a importância de devolver a rua para a população: “A retomada da Sapucaí criou um espírito de reconhecimento da cidade. Tem gente que conversa comigo e diz que nunca tinha atravessado o viaduto. No dia a dia, as pessoas começam a observar a arquitetura dos prédios ao redor e se encantam com a cidade.” Um dos reflexos do impacto que a ocupação desta rua tem gerado pode ser constatado pela presença da Casa Cor Minas Gerais 2017. O maior evento de arquitetura do estado escolheu como sede da mostra um casarão do século XIX situado na Sapucaí.

A reunião de boa gastronomia, intensa programação cultural e uma incrível paisagem urbana cria uma atmosfera única, capaz de atrair e unir belo horizontinos e encantar turistas de todo o Brasil. Não há dúvidas: a Sapucaí vem contribuindo para um novo e belo horizonte na história da cidade. E você pode ajudar a espalhar a fama da rua registrando suas passagens por lá e divulgando nas redes sociais com a hashtag #hellocidades. Reconecte-se com BH em hellomoto.com.br, o hub de Motorola que incentiva a reconexão das pessoas com suas cidades.

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