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‘Nossa seleção é um luxo’, diz diretora sobre Festival do Rio

Patrocinadores diminuíram o aporte para o evento, mas a diretora artística não quer nem ouvir falar em crise

Por Da redação
6 out 2016, 11h08

No Rio, em plena Cidade das Artes, na Barra remodelada pela Olimpíada, começa nesta quinta, o 18º Festival de Cinema do Rio. Serão 11 dias muito intensos, até 16. Uma pequena pausa e, na sequência, o holofote cinematográfico desloca-se para São Paulo, onde, no dia 20, começa a 40.ª Mostra. Alguns patrocinadores diminuíram o aporte para o Festival do Rio, mas a diretora artística Ilda Santiago não quer nem ouvir falar em crise. “Mantivemos todos os nossos patrocinadores e apoiadores, e isso é muito bom. É um reconhecimento da importância do festival. Na verdade, pode até ser que o dinheiro tenha algo a ver com as mudanças, mas há muito queríamos reestruturar o festival. Já tivemos num ano 400 filmes. Ninguém consegue ver isso. E se a pessoa vir 100 terá sempre a sensação ruim de que perdeu 300”, declara.

O que o Rio está fazendo é adequar seu festival ao formato dos maiores eventos de cinema do mundo. Cannes, Veneza e Berlim, todos duram entre 10 e 12 dias. O festival, de 14 dias, agora terá 11. E serão 250 filmes. “Mesmo assim, é muita oferta”, avalia Ilda. Mas ela está orgulhosíssima. “Nossa programação deste ano está um luxo. Não apenas estamos trazendo filmes como I Daniel Blake, que venceu a Palma de Ouro, como vamos ter uma Première Brasil gloriosa.” É a grande vitrine do cinema brasileiro. A deste ano terá 35 longas e 13 curtas distribuídos em suas diferentes seções.

A seleção contempla diretores já consagrados – Eliane Caffé, Andrucha Waddington, Eryk Rocha, etc. – e estreantes como José Luiz Villamarim e a atriz Leandra Leal. “Nenhuma outra cidade passou por uma transformação urbana tão grande como o Rio, preparando-se para a Olimpíada. E o festival dá conta disso. Estamos abraçando a cidade toda, e este ano vamos transpor a ponte, levando o festival para a Reserva Cultural de Niterói. A inauguração na Barra faz parte dessa descentralização, numa projeção que vai integrar convidados e público, porque colocamos centenas de ingressos à venda”, completa Ilda.

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Serão 30 pontos de exibições, entre salas, lonas, projeções ao ar livre no Boulevard Olímpico da Praça Mauá e espaços adaptados como a grande sala de eventos do Palácio das Artes. É nesse local que será exibido nesta quinta à noite o novo filme de Denis Villeneuve, A Chegada, com Amy Adams em atuação saudada como digna de Oscar. Nas redes sociais e na própria imprensa dos EUA, Amy é considerada aposta segura no Oscar de 2017. Ilda Santiago não quer nem ouvir falar de destaques de filmes. “É tudo muito bom”, afirma.

Pegando carona no documentário Cinema Novo, de Eryk Rocha, o festival propõe uma espécie de revisão crítica do movimento e ainda outorga um prêmio de carreira a Cacá Diegues. Também homenageia os 15 anos de Lavoura Arcaica projetando a versão restaurada do filme cultuado de Luiz Fernando Carvalho. Outra homenagem – ao crítico José Carlos Avellar, que morreu este ano, e ao centenário do lendário Paulo Emílio Salles Gomes – vai resgatar o clássico que ambos amavam, Ganga Bruta, de Humberto Mauro. Além do Odeon, em plena Cinelândia, o festival reinaugura outro cinema tradicional do centro do Rio, o Roxy, agora com três salas.

(Com Estadão Conteúdo)

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