Em três momentos históricos perigosos para um artista judeu, o pintor Marc Chagall esteve no olho do furacão – e escapou ileso. A extraordinária obra do pintor que sobreviveu à revolução bolchevique na Rússia e ao nazismo é revista numa mostra em Belo Horizonte. A exposição O Mundo Mágico de Marc Chagall – O Sonho e a Vida abre nesta terça-feira na Casa Fiat de Cultura, na capital mineira.
O acervo de mais de 300 peças – entre óleos, guaches, aquarelas, esculturas e gravuras – cobre os aspectos fundamentais da vida longa de Chagall, que morreu em 1985, aos 97 anos.
Ele nasceu numa família hassídica na cinzenta Vitebsk, atual Bielo-Rússia, no fim do século XIX, quando os judeus eram oficialmente discriminados pelo império czarista. Apesar desses obstáculos, lançou-se com sucesso na carreira artística. Mais tarde, ao se engajar na revolução bolchevique de 1917, chegou a clamar por um “banho de sangue purificador” e assumiu um cargo na administração comunista.
Mas, tal como ocorreria com vários outros vanguardistas russos, o regime logo se voltou contra ele. Os animais surreais de suas telas desagradavam aos ideólogos de plantão.
Leia a reportagem completa em VEJA desta semana (na íntegra somente para assinantes).