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‘Não vejo heróis na Lava Jato’, diz Calloni, do filme da Operação

Para ator da Globo, que será protagonista e narrador do longa-metragem previsto para 2017, o PSDB não será poupado pelas investigações

Por Maria Carolina Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 27 nov 2016, 18h19 - Publicado em 27 nov 2016, 10h38

Às vésperas de fazer 55 anos, que completa no próximo dia 6, o ator Antonio Calloni, conhecido por novelas como Caminho das Índias e Salve Jorge, além da ótima série Justiça, recém-exibida pela Globo, começou a atuar como aquele que talvez seja o seu maior personagem no cinema. Calloni será um dos principais investigadores, e o narrador, do filme sobre a Operação Lava Jato previsto para 2017, Polícia Federal – A Lei É para Todos. Um longa em que fará um policial à caça de corruptos, depois de viver um corrupto dos mais sujos na excelente série de Manuela Dias. Nem por isso, no entanto, o ator cai na tentação de endeusar as figuras que representa. “Não vejo heróis nessa história”, diz, em entrevista por telefone do Rio de Janeiro, para onde retornou depois de filmar cenas na última semana em Curitiba, a sede da operação que transformou em personalidade o juiz Sergio Moro. “Fizemos a cena de uma coletiva de imprensa com os investigadores, uma conversa entre os delegados e a apreensão das coisas que os advogados levavam para os presos da Lava Jato, coisas absurdas como água importada e presunto de Parma.”

Calloni quer dizer que, assim como na vida, no filme, com roteiro de Gustavo Lipsztein e Thomas Stavros (ambos da série 1 contra Todos), ninguém é infalível. O longa vai mostrar os investigadores não apenas em ação, mas também na esfera pessoal, em casa com a família e com as suas crises particulares. Serão, ao todo, quatro investigadores, vividos por ele, Flávia Alessandra e Bruce Gomlevsky, os três mais importantes, e um quarto interpretado por João Baldasserini, o Beto de Haja Coração, a novela das 7 que acabou de sair do ar. Os quatro vão condensar ações e perfis de um número muito maior de figuras da Operação Lava Jato. “Nenhum dos atores faz um delegado específico. Eu faço um delegado inspirado no Igor Romário de Paula, mas não é apenas ele, são vários delegados juntos”, conta Calloni, que se encontrou com o delegado que inspira o seu personagem. “Uma pessoa fantástica, disponível e gentil, com uma competência e uma seriedade raras.” Sobre Moro, que não conheceu, disse ser uma “figura fundamental, mas não um herói nacional”.

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O filme também não passará ao largo de controvérsias que envolvam a Lava Jato, de acordo com Calloni. “O longa pretende estimular o debate, mostrar todos os lados, e não favorecer um lado ou outro.” Para o ator, a operação sediada em Curitiba é apartidária e vai, sim, chegar ao PSDB, ao contrário da impressão de muitos que já fizeram disso motivo de memes e piadas – vide Porta dos Fundos. “Tem uma jornalista, no filme, que pergunta por que a Lava Jato quer destruir o PT, e o Ivan, meu personagem, responde que não, que a operação se atém aos fatos”, diz. “É lógico que as investigações vão chegar ao PSDB também.”

Em 2017, além de Polícia Federal – A Lei É para Todos, Antonio Calloni estará em Dois Irmãos, série de Luiz Fernando Carvalho baseada no livro do amazonense Milton Hatoum, que estreia em janeiro na Globo, e no filme Minha Família Perfeita, adaptação de uma comédia russa com Zezé Polessa, Rafael Infante, Isabelle Drummond.

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