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‘Mulheres Ricas’: faltou frescor, faltou dinâmica, faltou cabra

Com sensação de piada repetida, reality show da Band encerra segunda temporada sem deixar saudades e deixa a dúvida: vale a pena uma terceira?

Por Da Redação
12 mar 2013, 01h18

A produção bem que tentou. Escalou participantes com perfis bem diferentes da primeira edição, que havia sido um fenômeno nas redes sociais e que a princípio forneceria uma única remanescente, a carioca “estricnada” Narcisa Taborindeguy. Depois, ao perceber que faltava molho a um grupo de peruas com medo de parecer Val Marchiori, a produção convocou o furacão do Paraná em pessoa. Mas não deu. A sensação, aí, foi de piada repetida. O mesmo bordão, os mesmos comentários ácidos, a mesma taça de champanhe na mão. Não teve remendo que desse jeito. Mulheres Ricas 2 chegou ao fim com falta de um tudo. Faltou frescor, faltou dinâmica na edição, piorada com efeitos especiais de karaokê, e, em temporada de cantora sertaneja desafinada, faltou também a nova querida da música pop, a cabra.

No capítulo de despedida, foi até triste ver o apanhado de melhores momentos apresentado nos minutos finais. Val, Narcisa, a cantora e perua-mirim Aeileen, a empresária Cozete Gomes, a ex do humorista da Praça É Nossa Andréa Nóbrega, a ex-modelo Mariana Mesquita, casada com o ex-jogador Luizão, e a advogada Regina Manssur, espécie de convidada especial do reality, apareciam em cenas que deviam fazer rolar de rir, mas só causavam cócegas. O capítulo de despedida, aliás, reforçou a impressão de que pode mesmo ser o último. Afinal, vale a pena uma terceira temporada?

Apesar do sabor de reprise, Val e principalmente Narcisa ainda deram alguma graça ao derradeiro suspiro do reality show. Ao comentar a coletiva de imprensa que aconteceu antes da estreia profissional de Aeileen, escalada pela tutora Cozete Gomes para abrir um show de Leonardo em sua casa de shows, em Alphaville, a paranaense alfinetou sem dó a carioca e seu namorado. A socialite chegou à coletiva depois de todo mundo, com exemplares da biografia Giane – Vida, Arte e Luta, escrita pelo jornalista Guilherme Fiúza, para distribuir entre as colegas de elenco, exceto Val.

“A Narcisa chega vendendo livro do namorado, que é um quebrado, não tem dinheiro para nada. Já saí com ele, tive de pagar até o almoço”, espinafrou a perua em conversa com a produção. Como se adorasse ler: no ano passado, ela comentou em entrevista que estava lendo Dezoito (sic) Tons de Cinza. “Ela ajuda tanto esse namorado a vender livro que já estava na hora dele dar um presente para ela, né, hello. Ela foi aquele vestido que ela já usou um milhão de vezes.”

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A graça de Narcisa ficou nas bobagens que ela diz e que sempre deixam a gente na dúvida se ela está surtando ou falando sério – o que seria um surto com certeza. No meio do show de Aeileen, todo feito de country pop, como Cozete adora dizer, ela se levantou e começou a berrar: “Toca uma música para os gays, para os gaaays”. Oi? Tempos depois, em conversas a sós com a produção, a carioca teve a chance de dar uma explicação à estranha demanda. “É que eu sou a rainha dos gays e eles são a alegria do mundo.” Ah, tá. Mas uma cabra, ali naquela casa de shows, ainda faria melhor.

Confira abaixo os melhores lances do último capítulo de Mulheres Ricas 2 – são poucos, mesmo:

22:44: Aeileen passa pelo Skyline Hall, casa de shows de Cozete Gomes, na véspera da sua estreia profissional, para visitar o palco.

22:48: Liga para a mãe dominadora, que a manda ir para casa e dormir.

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22:50: Começa coletiva de imprensa. VEJA.com está nela e pergunta: vocês têm medo de serem comparadas à Val? Andrea Nóbrega responde: ‘Eu não, eu tenho conteúdo. Ela só sabe falar mal.”

22:52: Val aparece contando à produção como foi parar na coletiva. “Me disseram que o evento era em Santana de Parnaíba. Nunca ouvi falar. Isso para mim era outro estado”.

22:53: Val entra na sala da coletiva, “Hello, estou perdendo alguma coisa?” Todas ficam mudas.

22:55: Mariana Mesquita explica o que é preciso para ser rica, numa linha Paulo Coelho com luvas de boxe: “É preciso ter alma. Na minha casa, os filho dos empregado sentam junto para comer com meus filho”, diz, com força e sem ‘s’.

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23:00: “Ai, que loucura, chegou the face of Rio!”, entra berrando Narcisa Tamborindeguy, com exemplares da biografia Giane – Vida, Arte e Luta, escrita pelo namorado, Guilherme Fiúza. “Ai, que Giane.”

23:01: Val, relembrando a noite em conversa com a produção: “A Narcisa chega vendendo livro do namorado, que é um quebrado, não tem dinheiro para nada. Já saí com ele, tive de pagar até o almoço. Tanto que ela ajuda esse namorado a vender livro. Já tava na hreora dele dar um presente para ela, né, hello. Ela foi aquele vestido que ela já usou um milhão de vezes.”

23:02: Narcisa leva um exemplar do livro para Aeileen, no camarim: “Que você vire a nossa Madonna do sertão”.

23:09: Aeileen tem uma maquiagem esquisita, com bolas brancas nos cílios. Parece remela.

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23:11: Narcisa pula da cadeira para mudar de lugar na mesa, assim que Val se aproxima dela.

23:13: Aeileen entra no palco. O microfone não entra. Ops. Enquanto o som falha, ela dança e puxa o vestido para baixo – “Aquela sainha curta, aparecendo celulite”, diria Val mais tarde.

23:27: Narcisa começa a berrar, no meio do show de breganejo: “Toca uma música para os gays. Para os gaaaays”. Oi?

23:30: “É que eu sou a rainha dos gays e eles são a alegria do mundo”, explicou ela depois. Ã?

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23:40: “Eu tenho uma Narcisa gay dentro de mim. E todo gay tem uma Narcisa dentro de si” – Narcisa, a ostra da noite, fabricando mais uma pérola.

23:46: Mariana Mesquita, admitindo que o show da Aeileen foi um fiasco: “Não importa se ela cantou bem ou não. Importa que ela estava ali de corpo e alma”.

23:50: Mariana Mesquita conta ao marido, o ex-jogador Luizão, que passou num teste para o teatro. Na frente das câmeras, o marido permite que ela assuma o papel.

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