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Morre o cantor Robin Gibb, do Bee Gees

Por Da Redação
21 Maio 2012, 10h35

Por AE

São Paulo – Ele foi a voz de diamante do mais importante grupo vocal familiar de nossa era. Combinada ao desaparecimento, na semana passada, da cantora Donna Summer, a morte neste domingo, também de câncer, de Robin Gibb, um dos vértices do grupo australiano Bee Gees, parece encerrar um ciclo de fantasia e elevação artística de um resplandecente período da vida pop.

The Bee Gees foram uma espécie de milagre genético, uma rara combinação de falsetes e harmonias vocais de três irmãos (Barry e os gêmeos Maurice e Robin). Barry era quem mandava nos Bee Gees, mas era a voz de Robin que impulsionava o visionarismo do grupo. Sem ele, o sonho de ouvir aquelas inflexões vocais acabou. Sozinho, ele já tinha feito uma noite celestial para cerca de 7 mil pessoas no Credicard Hall, em novembro de 2005. Em novembro de 2010, cancelou uma apresentação no Via Funchal.

De aparência franzina, denotando problemas de saúde, óculos redondos de lentes azuladas, o olhar que transmitia amargura, Robin Gibb esteve no palco durante 53 anos dos seus 62 anos de vida – começou a cantar aos 9, com os irmãos. Eles tinham um talento incomum para a composição de hits populares, associado à felicidade de estar no lugar certo na hora certa. Venderam mais de 100 milhões de discos e tiveram seis singles consecutivos no topo das paradas, entre 1977 e 1979. Ganharam seis Grammy e foram elevados ao Hall da Fama do Rock, em 1997.

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Mas a divisão sempre marcou a família Gibb, embora muitas vezes isso tenha sido produtivo artisticamente. Se você ouve os Bee Gees cantando “Wine and Women”, em 1965, não os distingue de nada que não estivesse dentro dos cânones da chamada “invasão britânica”, com pouco potencial de “explodir” como um fenômeno pop. Mas Robin parecia pressentir que o caminho não era copiar os mods de sua época e saiu em carreira-solo, gravando, em 1970, Robin’s Reign. Voltaria a cantar com os irmãos em 1975, quando uma tempestade elétrica chamada disco music varria o planeta.

Os irmãos Gibb eram como se fosse a família Jackson, só que branca e igualmente com propensões à megalomania. O pai, Hugh Gibb, coordenava as escolhas artísticas, a produção, os negócios. Barry e Robin se estranhavam, ao mesmo tempo que dependiam um do outro para cunhar pérolas geniais do pop. Foram abençoados com a fortuna e a tragédia do desaparecimento precoce (o irmão Andy Gibb morreu em 1988; o gêmeo Maurice Gibb foi o segundo a morrer, em janeiro de 2003).

Robin seguiu carreira com seu senso de grandiloquência e ambições sinfônicas. Seu último trabalho, lançado em abril de 2012, intitula-se “Gibb – The Titanic Requiem” (feito para as celebrações do centenário do naufrágio), e se constitui numa série de peças em parceria com seu filho, Robin-John Gibb. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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