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Montagner mergulhou durante aumento de vazão de hidrelétrica

Fluxo de água da usina aumentou durante o período da tarde no dia em que o ator morreu no rio São Francisco

Por Da redação
28 set 2016, 18h57

Domingos Montagner, morto no dia 15 de setembro, entrou no rio São Francisco justamente no horário de aumento do fluxo de água liberado pela barragem da hidrelétrica de Xingó (SE). Montagner foi dado como desaparecido por volta de 13h50. Segundo dados da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), responsável pela usina, que fica a 2km do local do acidente, a vazão de água naquele dia cresceu a partir das 13h.

A vazão da barragem no período da manhã variou por volta de 820 metros cúbicos por segundo (m³/s). Às 13h, o valor era de 814 m³/s. Uma hora depois, saltou para 913 m³/s, chegando ao pico de 970 m³/s às 15h, para depois recuar abaix dos 900 m³/s.

Os números correspondem à programação diária da usina. O período da tarde costuma funcionar como horário de pico da rede, que pode aumentar a vazão caso seja necessário produzir mais energia. A ouvidoria da Chesf divulgou os dados detalhados a pedido do site The Intercept.

A VEJA, a Chesf ressaltou que operava dentro da normalidade na data e que apenas uma alteração significativa de vazão demandaria da hidrelétrica um aviso prévio. A área em que Montagner e Camila Pitanga mergulharam é perigosa, e a sinalização do local é responsabilidade da Prefeitura de Canindé do São Francisco (SE).

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Especialista – A Orla da Prainha, área turística da cidade de Canindé de São Francisco, em Sergipe, onde Montagner mergulhou é pedregosa, com uma profundidade que pode ter entre 30 e 60 metros, de acordo com a vazão da água, e muito turbulenta. Redemoinhos são comuns. De acordo com Arisvaldo Mello Jr., professor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), que desenvolveu um projeto hídrico na região entre 2007 e 2010 e conhece os detalhes do lugar, pessoas que mergulham ali podem ter muitas dificuldades para vencer os fortes fluxos d’água.

A prainha fica logo abaixo da barragem da usina hidrelétrica de Xingó e, de acordo com a vazão da água da construção, a água pode ficar ainda mais veloz. O fluxo entre as margens, de cerca de 30 metros de largura, costuma ser acelerado e difícil de controlar mesmo para as embarcações que transitam no local.

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