Marilia Mendonça desabafa: ‘Conheci o ódio de gente frustrada’
Em textão no Instagram, cantora sertaneja menciona atual onda de suicídio entre jovens e fala do preconceito que sofreu e sofre
Em geral discreta, a cantora Marilia Mendonça soltou o verbo contra aqueles que a discriminam por estar fora dos padrões de beleza. “Sobrevivi a gente que difamou meu corpo, minha voz, o meu cabelo”, escreveu, em um verdadeiro textão postado nas redes sociais neste domingo. “Conheci o ódio de gente frustrada e invejosa a que ainda não consigo dar um nome”, diz em outro trecho do post, em que também cita a onda atual de suicídio de jovens.
A cantora sertaneja inicia o texto agradecendo ao público de Araçoiaba da Serra (SP), onde se apresentou no fim de semana, e falando de amor, para depois passar aos haters. “Como sentir amor é bom. Como é bom saber que existem pessoas maravilhosas como vocês de Araçoiaba da Serra e de tantos lugares por onde passo. Olhar esses olhos brilhantes e sorrisos verdadeiros e poder agradecer a Deus por hoje enxergar só amor. Estamos vivendo momentos difíceis no nosso mundo, momentos de depressão, de suicídios quase em série, de gente que se olha no espelho e não se ama… Os dias chegam cada vez mais cinza, e hoje eu quero te falar sobre o que eu vivi… Sempre fui uma pessoa muito querida na escola, na família, com os amigos…”
A onda de suicídio juvenil serve como gancho para Marilia falar de suas próprias dores. “Em tempos de ‘Marilia Mendonça’, conheci um tipo de amor diferente que ultrapassa fronteiras, chamado fã, mas também conheci o ódio de gente frustrada e invejosa a que ainda não consigo dar um nome (pois nada é tão feio e triste que se possa nomear)…”
Depois, como uma mensagem de estímulo, ela diz que superou os haters. “Eu sobrevivi, sabia? Sobrevivi a gente que difamou meu corpo, minha voz, o meu cabelo… sobrevivi a gente que desacreditou, que xingou, que odiou quando me viu feliz num relacionamento totalmente puro e planejado por Deus, que desejou que eu morresse em um dia em que simplesmente adoeci… sobrevivi à falta da minha família, à falta do meu quarto, à falta dos meus amigos… E tô aqui, firme e forte e feliz, dizendo com todas as letras… Feche seus olhos e finja demência para quem não tem amor para dar, abra seu coração e o seu sorriso para quem faz como Araçoiaba fez hoje: te ama e te recebe do jeito mais bonito que tem… Obrigada, Deus! Obrigada, Araçoiaba!”
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