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MAM registra boletins de ocorrência contra agressões

Segundo o museu, manifestantes que protestavam contra a performance de Wagner Schwartz agrediram verbal e fisicamente funcionários e visitantes

Por Da redação
1 out 2017, 18h17

Em resposta às agressões sofridas por funcionários do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM) após a performance do bailarino e coreógrafo Wagner Schwartz, a instituição registrou dois boletins de ocorrência. As queixas incluem denúncias de agressões verbais e físicas contra visitantes e colaboradores, além de “ameaças de danos ao patrimônio por meio de telefonemas anônimos e mensagens em plataformas de mídias sociais”, segundo o museu.

As agressões ocorreram durante dois protestos, realizados na sexta-feira e no sábado, na sede do museu no Parque Ibirapuera. Os manifestantes invadiram o local e criticaram a performance exibida na 35ª edição do Panorama da Arte Brasileira, na última terça-feira.

No sábado, a assessora de imprensa do museu, Roberta Montanari, foi agredida por uma manifestante com um soco e acabou xingada de “pedófila”. Outros funcionários também foram agredidos, física e verbalmente, por 20 pessoas que se reuniram em frente à sede do MAM.

A performance

Na terça-feira, 26, na abertura do Panorama, tradicional mostra bienal do MAM, Schwartz fez uma performance, La Bête, em que se colocava no lugar de um “bicho” da artista carioca Lygia Clark, que morreu em 1988, para ser manipulado pelo público — o “bicho” da artista, representante do movimento neoconcreto brasileiro, é uma peça de metal que pode ser manipulada pelas pessoas.

Uma mulher e a filha de cinco anos se aproximaram e tocaram o corpo do artista, que estava deitado de barriga para cima, com a genitália à mostra. Um vídeo da performance, exibido nas redes sociais, resultou em acusações de pedofilia ao museu e ameaças ao curador da mostra, Luiz Camilo Osório.

O Ministério Público (MP) de São Paulo abriu um inquérito civil para apurar denúncias relacionadas à apresentação. Segundo as acusações recebidas pelo MP, o museu “estaria expondo crianças e adolescentes a conteúdo impróprio, uma vez que um homem estaria pousando totalmente sem roupa e o público seria convidado a tocá-lo, inclusive crianças”.

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Em nota divulgada neste domingo, o MAM esclarece mais uma vez que a performance “se deu com a sala sinalizada, incluindo a informação de nudez artística, seguindo o procedimento regularmente adotado pela instituição de informar os visitantes quanto a temas sensíveis”.

“Abraçaço”

O MAM recebeu neste domingo mais de uma centena de artistas e diretores de museus que prestaram solidariedade à instituição pelas agressões que vem sofrendo nos últimos dias. Um “abraçaço” em torno da sede do museu selou o compromisso de importantes nomes das artes visuais do Brasil, entre eles Paulo Pasta, Ivo Mesquita, Aguilar e Guto Lacaz, contra os atos de violência.

Público faz manifestação de apoio ao Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM) na sede do museu em São Paulo (//Divulgação)

(Com Estadão Conteúdo)

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